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FINANÇAS
Faculdades oferecem bolsa-desemprego
Auxílio temporário visa conter a evasão de estudantes que tenham problemas financeiros
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na tentativa de conter a evasão de alunos, faculdades privadas têm investido no auxílio financeiro para estudantes que
ficam sem trabalho durante o
curso: a bolsa-desemprego.
O benefício, temporário,
existe em modalidades variadas e consiste na cobertura total ou parcial da mensalidade
pelo período em que o aluno
passa por dificuldades econômicas. Em alguns casos, o estudante deve restituir o valor recebido ao término do curso.
É o que ocorre na Unicid, instituição da zona leste da capital.
Atualmente, a faculdade oferece uma bolsa de até 100%. Pelo
programa, o aluno pode solicitar a suspensão do pagamento
de até três mensalidades -o valor deve ser ressarcido após a
conclusão do curso, sem juros.
"Oferecemos a possibilidade
de o estudante não pagar num
momento de dificuldade. Sem
isso, poderíamos perder o aluno", afirma a gerente financeira
da Unicid, Regina Martini. Segundo ela, a universidade elabora um novo programa, em
que não haverá a restituição.
Desde 2004, a Veris IBTA, do
grupo Ibmec Educacional, possui o programa de bolsa-desemprego. A faculdade concede
a cobertura de até três mensalidades a estudantes que tenham
sido desligados da empresa há
menos de dois meses.
Só no primeiro semestre deste ano -época de crise mundial-, a Veris aprovou 57 bolsas-desemprego, cerca de 25%
do total de benefícios desde a
criação do auxílio, em 2004.
Não há restituição.
O estudante Lukas Moraes,
24, foi demitido em fevereiro
último após dois anos de trabalho na Embraer, em São José
dos Campos (97 km de SP). Na
época, a empresa cortou cerca
de 4.200 funcionários.
"Sempre paguei a minha faculdade e não tive outra saída",
diz o estudante, no segundo semestre de análise e desenvolvimento de sistemas da Veris.
Como condição para receber
a bolsa, ele participou de um
programa de recolocação profissional oferecido pela faculdade e obteve estágio remunerado na área após dois meses.
A Metodista tem a bolsa
emergencial para desempregados, válida por três meses, sem
restituição. O benefício é renovado mensalmente.
PUC-SP, Faap e Anhanguera
oferecem bolsas temporárias
que contemplam outras situações de carência. Os descontos
variam de 10% a 100%.
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