São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009
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FINANÇAS

Faculdades oferecem bolsa-desemprego

Auxílio temporário visa conter a evasão de estudantes que tenham problemas financeiros

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na tentativa de conter a evasão de alunos, faculdades privadas têm investido no auxílio financeiro para estudantes que ficam sem trabalho durante o curso: a bolsa-desemprego.
O benefício, temporário, existe em modalidades variadas e consiste na cobertura total ou parcial da mensalidade pelo período em que o aluno passa por dificuldades econômicas. Em alguns casos, o estudante deve restituir o valor recebido ao término do curso.
É o que ocorre na Unicid, instituição da zona leste da capital. Atualmente, a faculdade oferece uma bolsa de até 100%. Pelo programa, o aluno pode solicitar a suspensão do pagamento de até três mensalidades -o valor deve ser ressarcido após a conclusão do curso, sem juros.
"Oferecemos a possibilidade de o estudante não pagar num momento de dificuldade. Sem isso, poderíamos perder o aluno", afirma a gerente financeira da Unicid, Regina Martini. Segundo ela, a universidade elabora um novo programa, em que não haverá a restituição.
Desde 2004, a Veris IBTA, do grupo Ibmec Educacional, possui o programa de bolsa-desemprego. A faculdade concede a cobertura de até três mensalidades a estudantes que tenham sido desligados da empresa há menos de dois meses.
Só no primeiro semestre deste ano -época de crise mundial-, a Veris aprovou 57 bolsas-desemprego, cerca de 25% do total de benefícios desde a criação do auxílio, em 2004. Não há restituição.
O estudante Lukas Moraes, 24, foi demitido em fevereiro último após dois anos de trabalho na Embraer, em São José dos Campos (97 km de SP). Na época, a empresa cortou cerca de 4.200 funcionários.
"Sempre paguei a minha faculdade e não tive outra saída", diz o estudante, no segundo semestre de análise e desenvolvimento de sistemas da Veris.
Como condição para receber a bolsa, ele participou de um programa de recolocação profissional oferecido pela faculdade e obteve estágio remunerado na área após dois meses.
A Metodista tem a bolsa emergencial para desempregados, válida por três meses, sem restituição. O benefício é renovado mensalmente.
PUC-SP, Faap e Anhanguera oferecem bolsas temporárias que contemplam outras situações de carência. Os descontos variam de 10% a 100%.


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