São Paulo, terça-feira, 26 de maio de 2009
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Alunos tomaram rumos opostos após paralisação

DA REPORTAGEM LOCAL

Gabriel Casoni, 24, havia ingressado no curso de ciências sociais em 2004, mesmo ano que a aluna Ivy Leça, 24.
A greve daquele ano, mais forte nos cursos da FFLCH (faculdade de filosofia e ciências humanas), marcou o rumo dos dois.
Ele, que é de Franca (interior de SP), optou por se engajar. "Foi a hora de conhecer a universidade por dentro. Acabei fazendo muitos amigos de outros cursos, que compartilham os mesmos ideais."
Ao contrário de Gabriel, Ivy não gostou da greve. "Há uma pressão para os estudantes aderirem", diz. Quem não se une à mobilização, ressalta, corre o risco de ser estigmatizado.
Naquele ano, devido à greve, o primeiro semestre letivo só acabou em agosto. "Tivemos aulas de setembro até o fim de janeiro, no segundo semestre", recorda Ivy.
Em 2006, ela desistiu de ciências sociais e se transferiu para o curso de publicidade. "Não foi por causa da greve, foi porque tinha mais o meu perfil."
Ela reconhece, no entanto, que não tolerar greves foi uma das razões que a fez não gostar do curso.
Everton Zanella, graduado em física na USP, cansou de ver calouros terem problemas nas greves.
Ele ajudou a montar um guia sobre a universidade para novatos (wiki.stoa.usp.br/manual_para_ingressantes). "Tive um professor de cálculo numérico que, na época da greve de 2000, cobrou apenas um programa, o que me prejudicou. Fazendo uma analogia, seria o mesmo que um professor de jornalismo pedir só um texto num semestre", diz.


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