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Sexo feminino opta mais por área de saúde
Daniel Kfouri/Folha Imagem
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Os gêmeos Murilo e Thays Abib, que vão prestar medicina |
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de todo o espaço
que as mulheres conquistaram no último século,
ainda há profissões praticamente só de homens e
outras majoritariamente
femininas. Na hora da escolha de carreira no vestibular, fica bem claro: as
meninas optam por cursos
na área de saúde, e os meninos, na de engenharias e
informática.
Mesmo assim, o curso
clássico da área de saúde
-a tradicional medicina-
ainda é dominado por homens. Na Fuvest, as mulheres são 63% dos inscritos, porém apenas 38,4%
dos aprovados, ou seja, a
proporção de homens e
mulheres praticamente se
inverte.
O duelo entre os sexos
por uma vaga na carreira
mais disputada da USP se
reproduz na casa de Murilo e Thays Delboni Abib,
22. Os gêmeos vão tentar
uma cadeira em medicina
pela quinta vez neste ano.
"Se a gente passar numa
faculdade particular, vamos ter de tirar na moedinha para ver quem vai fazer o curso", brinca Thays.
Apesar de as estatísticas
estarem a favor do sexo
masculino, no caso dos
dois, cada um enfrenta
suas vantagens e desvantagens. "Eu sou mais tranqüilo. Não me cobro tanto
quanto ela. Nunca chorei
por causa de provas. Ela já
estoura fácil, o emocional
está muito mais abalado",
afirma Murilo.
Ela argumenta que a nota dos dois é bem semelhante. "Quando tem
questão dissertativa, vou
melhor do que ele. Quando é teste, ele vai melhor.
Eu me dou melhor na parte de humanas e de interpretação. Ele é melhor em
exatas."
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