São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006
  Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sexo feminino opta mais por área de saúde

Daniel Kfouri/Folha Imagem
Os gêmeos Murilo e Thays Abib, que vão prestar medicina


DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de todo o espaço que as mulheres conquistaram no último século, ainda há profissões praticamente só de homens e outras majoritariamente femininas. Na hora da escolha de carreira no vestibular, fica bem claro: as meninas optam por cursos na área de saúde, e os meninos, na de engenharias e informática.
Mesmo assim, o curso clássico da área de saúde -a tradicional medicina- ainda é dominado por homens. Na Fuvest, as mulheres são 63% dos inscritos, porém apenas 38,4% dos aprovados, ou seja, a proporção de homens e mulheres praticamente se inverte.
O duelo entre os sexos por uma vaga na carreira mais disputada da USP se reproduz na casa de Murilo e Thays Delboni Abib, 22. Os gêmeos vão tentar uma cadeira em medicina pela quinta vez neste ano. "Se a gente passar numa faculdade particular, vamos ter de tirar na moedinha para ver quem vai fazer o curso", brinca Thays.
Apesar de as estatísticas estarem a favor do sexo masculino, no caso dos dois, cada um enfrenta suas vantagens e desvantagens. "Eu sou mais tranqüilo. Não me cobro tanto quanto ela. Nunca chorei por causa de provas. Ela já estoura fácil, o emocional está muito mais abalado", afirma Murilo.
Ela argumenta que a nota dos dois é bem semelhante. "Quando tem questão dissertativa, vou melhor do que ele. Quando é teste, ele vai melhor. Eu me dou melhor na parte de humanas e de interpretação. Ele é melhor em exatas."


Texto Anterior: Elas dizem
Próximo Texto: ...Elas: Mulheres são as que mais concluem os estudos no Brasil
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.