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      São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003
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FUVEST 2004

51,2% das carreiras têm relação candidato/vaga maior

SEGUNDO O COORDENADOR DO VESTIBULAR, HÁ UMA DIMINUIÇÃO DA PROCURA PELOS CURSOS MAIS TRADICIONAIS

LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de o número de inscritos para a prova da Fuvest ter caído neste ano, de 161.147 para 157.808, a maioria absoluta das carreiras oferecidas teve um aumento na relação candidato por vaga em comparação ao último vestibular. O maior crescimento foi em química - licenciatura, que subiu o número de concorrentes por vaga de 3,17 para 19,4. A carreira é seguida por fonoaudiologia em Ribeirão Preto (SP), cuja procura cresceu 13,17 candidatos/ vaga. Dos 82 cursos oferecidos nos vestibulares de 2003 e de 2004, 51,2% tiveram aumento de disputa -os treineiros não foram incluídos no cálculo.
"O que temos visto nos últimos anos é uma diminuição dos candidatos para as carreiras tradicionalmente mais concorridas e uma procura maior pelos cursos novos ou alternativos", afirma Roberto Costa, coordenador da Fuvest. Segundo ele, isso representa um novo entendimento dos jovens do que é o profissional deste século.
Medicina (queda de 1,17 candidato/vaga em relação ao vestibular 2003), engenharia (-0,73), publicidade e propaganda (-7,86), jornalismo (-5,63) e psicologia (-2,70) tiveram, por exemplo, uma procura menor neste ano. Já química ambiental (+5,7) e nutrição e metabolismo (+6,9) aumentaram o número de concorrentes.
O estudante Tiago de Castro, 19, quer conciliar a profissão na área de comunicação com os conhecimentos no campo da geografia. Para ele, é importante possuir uma visão da relação do homem com o ambiente para conseguir fazer análises e trabalhos mais profundos no jornalismo impresso, por exemplo. "A idéia é pensar sobre as questões do homem e colocar isso no papel."
Neste ano, disputará uma vaga em geografia (que teve aumento de 2,26 candidatos por vaga). Quando terminar a graduação, pretende fazer um curso de jornalismo. "Gostaria de fazer os dois ao mesmo tempo, mas eu teria de fazer um dos cursos em uma universidade particular. O problema é que a grana está curta."

Nervosismo
A queda na relação candidato/ vaga na outra metade dos cursos, no entanto, não alivia o nervosismo dos demais concorrentes. "O que preocupa não é a quantidade de concorrentes, mas a qualidade deles", afirma Marco Antônio Brito Junior, 19, que disputa uma vaga em engenharia. O curso teve uma leve queda na procura neste vestibular, de 11,79 para 11,06 candidatos por vaga.


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