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ATUALIDADES
Afeganistão e Iraque sob a ótica dos "falcões" de Bush
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Conforme o secretário de Estado
norte-americano, Colin Powell, em recente artigo publicado
na Folha, os EUA estão cumprindo com sucesso a missão de levar
a democracia ao Oriente Médio.
Ele relata que, em 2001, os EUA
avançaram sobre Cabul para derrotar os autores dos atentados de
11 de setembro e a Al Qaeda e
"afastar do poder o regime despótico do Taleban", que abrigava seguidores de Osama bin Laden.
Segundo ele, "esse regime horrendo não existe mais". No Afeganistão, o presidente Hamid Karzai implanta um novo "sistema
político, baseado nos fundamentos da democracia". Até o fim do
ano, uma nova Constituição será
promulgada e encaminhará para
2004 as primeiras eleições livres.
No Iraque, a situação é um pouco diferente. Saddam Hussein
atacava com gás tóxico curdos e
xiitas e representava uma ameaça
aos países vizinhos. "A ONU o advertiu durante 12 anos", mas Hussein insistia em apoiar o terrorismo e em desafiar o Ocidente.
"Bush não ignorou a ameaça e
agiu", mas "o fez em cooperação
com mais de 30 países".
Para Colin Powell, tudo vai
bem, exceto alguns imponderáveis, como o ódio exacerbado dos
"últimos" seguidores de Bin Laden e de Hussein. A Autoridade
Provisória da Coalizão, ao lado do
Conselho de Governo Iraquiano,
tem-se empenhado na estruturação de um Estado democrático.
Apesar dos reveses, os alicerces da
nova Constituição já estão sendo
confeccionados e, em breve, os
iraquianos poderão "retomar a
soberania do seu país".
Simplista, a análise sintetiza a
visão dos "falcões" da Casa Branca. Sugere que a estabilidade democrática vá chegar com as eleições de 2004. Será que consideram a hipótese de a maioria xiita
chegar ao poder e transformar o
Iraque num Estado teocrático,
hostil aos interesses dos EUA?
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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