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Publicitária sai de emprego em Recife para buscar experiência em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A publicitária Luciana Lins,
24, já era formada pela UFPE
(Universidade Federal de Pernambuco) e tinha experiência
com criação em agências no seu
Estado. Mesmo assim, no começo do ano, ela preferiu mudar-se para São Paulo, trocando
o seu emprego em Recife por
um estágio em uma grande
agência.
"Em São Paulo, estão os melhores profissionais do país, é
como uma faculdade", disse ela,
acrescentando que o conteúdo
aprendido durante a graduação
não ajuda muito na prática diária de uma agência. "O melhor é
a parte teórica. Matérias como
sociologia e filosofia são boas
para abrir a cabeça." Há alguns
meses, ela foi contratada como
redatora da W/Brasil, produzindo spots de rádio, roteiros de
televisão e anúncios de revistas,
mas "nada grandioso", de acordo com ela. "No começo, é normal ter trabalhos menores para
a gente pegar ritmo. Antes, fazia
tudo acompanhada de alguém,
agora, o meu trabalho é em parceria com o diretor de arte", disse ela. O diretor de arte é o responsável pela apresentação gráfica do anúncio, e o redator, pelo texto.
Rotina e pressão
Como boa parte dos vestibulandos, Luciana Lins escolheu a
carreira por não querer um trabalho rotineiro -e diz não ter
se arrependido. Segundo ela,
entretanto, quem escolher trabalhar com criação tem de estar
disposto a suportar pressão.
"Você sempre tem de criar
coisas novas e boas. E os prazos,
em geral, são curtos. É preciso
estar preparado para "virar a
noite" em um projeto", disse ela.
Apesar de ser um trabalho
criativo, publicidade não é "fazer doideira", de acordo com
ela. A idéia tem de seguir o que é
pedido pelo cliente e servir para
resolver um problema específico, seja o lançamento de uma
nova marca, seja o aumento da
venda de outra.
"Tem gente que pensa ter
uma sacada genial e que isso
serve como propaganda. Não é
assim. O trabalho está atrelado
ao objetivo do cliente", disse
ela.
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