São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2004
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SEMI

Com duração menor, objetivo é reforçar conhecimento prévio, deixando de lado o que é menos exigido

Curso prioriza tópicos mais cobrados

DA REPORTAGEM LOCAL

O conteúdo de três anos tem de ser revisado em apenas 14 semanas. Como o tempo é curto, os cursos semi-extensivos, que começam em agosto, são mais dinâmicos e deixam alguns tópicos de fora, priorizando assuntos que têm maior incidência nas provas.
Segundo coordenadores de cursinho, para aproveitar melhor o pouco tempo e conseguir passar por todo o programa exigido nos vestibulares, a ênfase é dada aos pontos que costumam cair mais, enquanto outros, menos freqüentes, são apenas citados ou ficam como leitura complementar.
Em história, o período moderno, por exemplo, é mais abordado, enquanto pouco se fala sobre os fenícios. "Há assuntos que estão no programa, mas não são cobrados nunca. Na FGV, tem construção com régua e compasso, mas nunca caiu. Na Fuvest, não é cobrada há dois anos. Então abordamos isso superficialmente", disse Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do Anglo.
Segundo ele, o ritmo do curso também é mais intenso para dar conta de todos os assuntos do programa. "Você pode contar uma piada em 30 segundos ou em meia hora, assim como pode fazer uma conta muito detalhada na lousa ou ir direto ao que importa. O curso é mais resumido."
Esse ritmo forte, segundo o coordenador do Objetivo Caio Sérgio Calçada, exige mais disciplina do estudante. "Se alguém se atrasa no extensivo, pode recuperar nas férias. No semi, se atrasar, não há recuperação. Qualquer vacilo sacrifica o domingo ou prejudica a preparação."
Além de disposição para estudar, quem pensa em fazer um semi deve ter tido uma boa base no ensino médio se quiser entrar em um curso disputado, segundo o diretor do Stockler, Agostinho Marques Filho. "As provas hoje exigem mais do que simples conhecimento. É necessário ter capacidades adquiridas nos ensinos fundamental e médio. Não dá para corrigir os problemas de uma vida escolar em 14 semanas. O semi é ideal para quem teve uma boa vida acadêmica e quer resgatar conteúdos esquecidos."
Mesmo para os que não têm uma boa base, o professor do Cursinho da Poli Laercio Furquim Junior diz ser positivo fazer o semi. "Quem está longe da escola há muito tempo vai resgatar algo, mas fica difícil relacionar conteúdos e apreender alguns significados. Mesmo assim, ele está solidificando para o outro ano."


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