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SEMI
Com duração menor, objetivo é reforçar conhecimento prévio, deixando de lado o que é menos exigido
Curso prioriza tópicos mais cobrados
DA REPORTAGEM LOCAL
O conteúdo de três anos tem de
ser revisado em apenas 14 semanas. Como o tempo é curto, os
cursos semi-extensivos, que começam em agosto, são mais dinâmicos e deixam alguns tópicos de
fora, priorizando assuntos que
têm maior incidência nas provas.
Segundo coordenadores de cursinho, para aproveitar melhor o
pouco tempo e conseguir passar
por todo o programa exigido nos
vestibulares, a ênfase é dada aos
pontos que costumam cair mais,
enquanto outros, menos freqüentes, são apenas citados ou ficam
como leitura complementar.
Em história, o período moderno, por exemplo, é mais abordado, enquanto pouco se fala sobre
os fenícios. "Há assuntos que estão no programa, mas não são cobrados nunca. Na FGV, tem construção com régua e compasso,
mas nunca caiu. Na Fuvest, não é
cobrada há dois anos. Então abordamos isso superficialmente",
disse Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do Anglo.
Segundo ele, o ritmo do curso
também é mais intenso para dar
conta de todos os assuntos do
programa. "Você pode contar
uma piada em 30 segundos ou em
meia hora, assim como pode fazer
uma conta muito detalhada na
lousa ou ir direto ao que importa.
O curso é mais resumido."
Esse ritmo forte, segundo o
coordenador do Objetivo Caio
Sérgio Calçada, exige mais disciplina do estudante. "Se alguém se
atrasa no extensivo, pode recuperar nas férias. No semi, se atrasar,
não há recuperação. Qualquer vacilo sacrifica o domingo ou prejudica a preparação."
Além de disposição para estudar, quem pensa em fazer um semi deve ter tido uma boa base no
ensino médio se quiser entrar em
um curso disputado, segundo o
diretor do Stockler, Agostinho
Marques Filho. "As provas hoje
exigem mais do que simples conhecimento. É necessário ter capacidades adquiridas nos ensinos
fundamental e médio. Não dá para corrigir os problemas de uma
vida escolar em 14 semanas. O semi é ideal para quem teve uma
boa vida acadêmica e quer resgatar conteúdos esquecidos."
Mesmo para os que não têm
uma boa base, o professor do
Cursinho da Poli Laercio Furquim Junior diz ser positivo fazer
o semi. "Quem está longe da escola há muito tempo vai resgatar algo, mas fica difícil relacionar conteúdos e apreender alguns significados. Mesmo assim, ele está solidificando para o outro ano."
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