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"Ir ao museu deixou de ser uma coisa chata"
DA REDAÇÃO
Performance, exposição holográfica, vídeo, música, fotografia,
instalação. Essas linguagens fizeram com que o museu deixasse de
ser meramente um espaço com
objetos empoeirados e permitiram que o público interagisse
com as peças exibidas.
"A relação entre os museus e as
pessoas passou a ser mais dinâmica. O público deixou de ter uma
postura passiva. Muitas vezes ele
se vê no centro da obra", avalia
Ivan Coelho de Sá, da UniRio.
"É o caso da Pinacoteca do Estado, em São Paulo, que saiu do ostracismo após uma grande reforma e uma política de renovação",
completa Cecília Machado, do
Corem. "Esse setor passou por
um avanço histórico sem precedentes. Ir ao museu deixou de ser
uma coisa chata."
Apesar da valorização de alguns
museus, nem todos acompanharam esse processo de modernização e transformação por falta de
recursos. O país tem cerca de
2.000 museus, sendo 22% privados e 78% públicos, segundo dados do Ministério da Cultura.
Com o objetivo de melhorar esse panorama, os museus passaram a ser uma prioridade para o
Ministério da Cultura, que, em
2005, investiu cerca de R$ 50 milhões. E prevê mais R$ 60 milhões
para este ano, segundo José do
Nascimento Júnior, diretor do
Iphan (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Cultural) .
Em dezembro passado, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, anunciou a criação do Instituto Brasileiro de Museus, que visa construir novos espaços e modernizar
os já existentes.
"A estimativa é que até o fim de
março ou início de abril a proposta deva estar no Congresso para
ser votada", afirma o diretor do
Iphan. "Com o instituto, a idéia é
ampliar o acesso da população e
privilegiar a formação de conhecimento", diz.
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