São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 2006
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"Ir ao museu deixou de ser uma coisa chata"

DA REDAÇÃO

Performance, exposição holográfica, vídeo, música, fotografia, instalação. Essas linguagens fizeram com que o museu deixasse de ser meramente um espaço com objetos empoeirados e permitiram que o público interagisse com as peças exibidas.
"A relação entre os museus e as pessoas passou a ser mais dinâmica. O público deixou de ter uma postura passiva. Muitas vezes ele se vê no centro da obra", avalia Ivan Coelho de Sá, da UniRio.
"É o caso da Pinacoteca do Estado, em São Paulo, que saiu do ostracismo após uma grande reforma e uma política de renovação", completa Cecília Machado, do Corem. "Esse setor passou por um avanço histórico sem precedentes. Ir ao museu deixou de ser uma coisa chata."
Apesar da valorização de alguns museus, nem todos acompanharam esse processo de modernização e transformação por falta de recursos. O país tem cerca de 2.000 museus, sendo 22% privados e 78% públicos, segundo dados do Ministério da Cultura.
Com o objetivo de melhorar esse panorama, os museus passaram a ser uma prioridade para o Ministério da Cultura, que, em 2005, investiu cerca de R$ 50 milhões. E prevê mais R$ 60 milhões para este ano, segundo José do Nascimento Júnior, diretor do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural) .
Em dezembro passado, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, anunciou a criação do Instituto Brasileiro de Museus, que visa construir novos espaços e modernizar os já existentes.
"A estimativa é que até o fim de março ou início de abril a proposta deva estar no Congresso para ser votada", afirma o diretor do Iphan. "Com o instituto, a idéia é ampliar o acesso da população e privilegiar a formação de conhecimento", diz.


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