|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Área carece de cursos de pós-graduação
DA REDAÇÃO
O universitário Henrique de
Vasconcelos Cruz, 22, conta que
pensou em ser museólogo quando foi assistir a um congresso sobre museus históricos ainda na
oitava série. Aluno do oitavo semestre de museologia da UniRio,
ele planeja fazer uma pós-graduação em história. "Gostaria de fazer um mestrado ou um doutorado que fosse ainda mais ligado à
museologia, mas no Brasil não
há", lamenta ele.
Carente de cursos na graduação, a área é ainda mais necessitada na pós-graduação, em que não
há nenhuma instituição que ofereça essa formação no país. Ainda. É que a UniRio fez um pedido
à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior), órgão ligado ao Ministério da Educação, para criar uma
pós em museologia e patrimônio.
O campo de trabalho pode estar
meio saturado nas capitais, principalmente do Sudeste, mas ainda
há uma crescente demanda por
profissionais em outras regiões
do país. Foi a partir dessa percepção que a Febave, em Orleans, no
interior de Santa Catarina, criou
há dois anos a primeira turma de
museologia.
O curso funciona em um regime
especial: as aulas acontecem nas
noites de sexta-feira e em período
integral no sábado e durante os
meses de janeiro e julho, explica
Ângela Maria de Oliveira Paiva,
coordenadora do curso.
"Foi elaborado dessa maneira
para atender às pessoas que vêm
de longe, de outros Estados até.
Temos um aluno que chega a viajar até 12 horas de ônibus para vir
assistir às aulas."
Apesar desse formato diferenciado, a graduação é em oito fases,
o que dá quatro anos, como um
curso normal. "Aqui na região há
quase 150 museus, mas não existem museólogos formados. A
idéia é suprir essa demanda com
nossos alunos."
Texto Anterior: "Ir ao museu deixou de ser uma coisa chata" Próximo Texto: Vale a pena saber - Química: As estranhas árvores artificiais Índice
|