São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 2006
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Área carece de cursos de pós-graduação

DA REDAÇÃO

O universitário Henrique de Vasconcelos Cruz, 22, conta que pensou em ser museólogo quando foi assistir a um congresso sobre museus históricos ainda na oitava série. Aluno do oitavo semestre de museologia da UniRio, ele planeja fazer uma pós-graduação em história. "Gostaria de fazer um mestrado ou um doutorado que fosse ainda mais ligado à museologia, mas no Brasil não há", lamenta ele.
Carente de cursos na graduação, a área é ainda mais necessitada na pós-graduação, em que não há nenhuma instituição que ofereça essa formação no país. Ainda. É que a UniRio fez um pedido à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão ligado ao Ministério da Educação, para criar uma pós em museologia e patrimônio.
O campo de trabalho pode estar meio saturado nas capitais, principalmente do Sudeste, mas ainda há uma crescente demanda por profissionais em outras regiões do país. Foi a partir dessa percepção que a Febave, em Orleans, no interior de Santa Catarina, criou há dois anos a primeira turma de museologia.
O curso funciona em um regime especial: as aulas acontecem nas noites de sexta-feira e em período integral no sábado e durante os meses de janeiro e julho, explica Ângela Maria de Oliveira Paiva, coordenadora do curso.
"Foi elaborado dessa maneira para atender às pessoas que vêm de longe, de outros Estados até. Temos um aluno que chega a viajar até 12 horas de ônibus para vir assistir às aulas."
Apesar desse formato diferenciado, a graduação é em oito fases, o que dá quatro anos, como um curso normal. "Aqui na região há quase 150 museus, mas não existem museólogos formados. A idéia é suprir essa demanda com nossos alunos."


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