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Investir no social é ação estratégica
DA REDAÇÃO
A maneira com que as empresas privadas lidam com as questões sociais deixou de ser assistencialista e passou a ser uma ação
estratégica e coordenada, com a
criação até de um departamento
exclusivo para cuidar desse tipo
de investimento. Um dos pontos
mais marcantes em sua atuação é
a transferência da lógica econômica, como planejamento, gestão
de recursos e busca de eficiência,
para os projetos sociais.
"Pensadas e administradas para
gerar lucro e manter sua competitividade no mercado, as companhias não fazem caridade, elas investem estrategicamente", afirma
Fernando Rossetti, do Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), que reúne empresas que
mantêm ações ou parcerias socialmente responsáveis.
"No Brasil, com a consolidação
da redemocratização brasileira,
iniciou-se um processo de democracia participativa, em que a sociedade passou a cobrar das empresas e a querer saber o que mais
fazem além de dar emprego", diz
Maurício Bacellar, gerente de relações institucionais da Coca-Cola Brasil, que tem projetos próprios e trabalha em parcerias com
ONGs nas áreas de educação, ambiente e alimentação saudável.
Para José Luiz Acar, vice-presidente do Bradesco, que há 50
anos mantém uma fundação com
40 escolas em todos os Estados
brasileiros, além de projetos de
esporte, arte e cultura, é importante que as empresas adotem essa postura. "Nós não vivemos isolados em uma ilha. Temos de interagir com a sociedade e tentar
melhorá-la."
(FC)
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