São Paulo, domingo, 01 de janeiro de 2006

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COLEÇÃO FOLHA

"Assim Falou Zaratustra" e mais dois poemas sinfônicos do compositor alemão são destaque no próximo CD

Kubrick tornou popular tema de Strauss

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A música do volume da semana que vem da Coleção Folha de Música Clássica é conhecidíssima por causa do cinema. Foi o filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick, que popularizou o tema do poema sinfônico "Assim Falou Zaratustra", do compositor alemão Richard Strauss (1864-1949).
Para evitar confusões: existiu em Viena, no século 19, uma família Strauss de compositores de valsas. Seus membros mais conhecidos foram Johann Strauss (1804-1849) e seu filho, Johann Strauss 2º (1825-1899), autor de temas como "No Belo Danúbio Azul" e "Valsa do Imperador".
Pois bem: embora algumas composições de Richard Strauss, como "O Cavaleiro da Rosa", até evoquem o universo das valsas vienenses, ele não tem nada a ver com a família da capital austríaca.
Richard Strauss nasceu em Munique e começou a compor aos seis anos. Foi um regente respeitado, e, como compositor, escreveu obras de orquestração rica, atingindo excelência nos terrenos da ópera e do poema sinfônico.
Com regência de Charles Mackerras, o próximo volume destaca justamente três poemas sinfônicos de Richard Strauss: "Assim Falou Zaratustra", "Don Juan" e "Till Eulenspiegel".
O poema sinfônico foi uma forma musical consolidada ao longo do século 19 por Franz Liszt (1811-1886). Trata-se de uma obra de intenção descritiva, que toma como base um texto literário.
Foi no final do século 19 que Strauss escreveu seus poemas sinfônicos mais conhecidos. Baseado em poema de Lenau, "Don Juan" é de 1888. Em 1896, foi a vez de "Assim Falou Zaratustra", inspirado pelo texto de Nietzsche.


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