São Paulo, sexta-feira, 01 de março de 2002

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CRÍTICA

Grupo faz releitura moderna do estilo

DA REPORTAGEM LOCAL

Roberto Menescal é um dos nomes mais respeitados da música brasileira -dentro e fora do país- porque é um cara cuidadoso. Nome do primeiro time da bossa nova, Menescal se tornou produtor requisitado e chegou a trabalhar como diretor de gravadora -da antiga Phillips.
Meticuloso, então, teria ficado de fora de um projeto caça-níqueis qualquer nota.
Com o trio Bossacucanova, ele se propôs a uma releitura moderna da bossa nova. Mas, como ele frisa, "dentro dos seus limites".
A lista do CD inclui medalhões como "Garota de Ipanema", "Bye Bye, Brasil" e "Água de Beber". A boa notícia é que aqui não se optou por simples reproduções das canções sobre bases de sequenciadores e scratches -algo frequente em projetos picaretas de música brasileira "moderna".
"Garota de Ipanema" ganhou uma guitarra de jazz, bateria eletrônica discreta, baixo suingado e um vocal enxuto de Ed Motta.
"Bye Bye Brasil" virou um tema instrumental sofisticado. Um acid jazz em que uma guitarra de timbre calminho faz as vezes da voz.
"Água de Beber" virou um jazz com linha melódica norteada por teclados hammond e guitarra.
Numa das parcerias de Menescal e a Bossacucanova, "Brasilidade", a programação de bateria é recoberta por sons etéreos de guitarras, violão e triângulo. Cairia como uma luva em uma compilação de "chill-out", especialmente as do Café del Mar, de Ibiza. (CLAUDIA ASSEF)


Brasilidade    
Artista: Bossacucanova & Roberto Menescal
Gravadora: Trama
Quanto: R$ 25, em média





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