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CRÍTICA
Grupo faz releitura moderna do estilo
DA REPORTAGEM LOCAL
Roberto Menescal é um dos
nomes mais respeitados da
música brasileira -dentro e fora
do país- porque é um cara cuidadoso. Nome do primeiro time
da bossa nova, Menescal se tornou produtor requisitado e chegou a trabalhar como diretor de
gravadora -da antiga Phillips.
Meticuloso, então, teria ficado
de fora de um projeto caça-níqueis qualquer nota.
Com o trio Bossacucanova, ele
se propôs a uma releitura moderna da bossa nova. Mas, como ele
frisa, "dentro dos seus limites".
A lista do CD inclui medalhões
como "Garota de Ipanema", "Bye
Bye, Brasil" e "Água de Beber". A
boa notícia é que aqui não se optou por simples reproduções das
canções sobre bases de sequenciadores e scratches -algo frequente em projetos picaretas de música brasileira "moderna".
"Garota de Ipanema" ganhou
uma guitarra de jazz, bateria eletrônica discreta, baixo suingado e
um vocal enxuto de Ed Motta.
"Bye Bye Brasil" virou um tema
instrumental sofisticado. Um acid
jazz em que uma guitarra de timbre calminho faz as vezes da voz.
"Água de Beber" virou um jazz
com linha melódica norteada por
teclados hammond e guitarra.
Numa das parcerias de Menescal e a Bossacucanova, "Brasilidade", a programação de bateria é
recoberta por sons etéreos de guitarras, violão e triângulo. Cairia
como uma luva em uma compilação de "chill-out", especialmente
as do Café del Mar, de Ibiza.
(CLAUDIA ASSEF)
Brasilidade
Artista: Bossacucanova & Roberto
Menescal
Gravadora: Trama
Quanto: R$ 25, em média
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