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Novo CD do Supreme Beings of Leisure retoma gênero nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Ninguém sabe, mas a mãe da
pequena Eva é uma rock star.
Depois de passar os últimos
seis anos cuidando da casa e da
filha, Geri Soriano-Lightwood,
vocalista do Supreme Beings of
Leisure, achou tempo para gravar um disco com o arranjador
Ramin Sakurai e ressuscitar o
braço americano do trip hop.
Lançado em fevereiro nos
Estados Unidos, "11i" abre uma
nova fase da banda, que também nega o passado à margem
da estridência de Moloko e
Morcheeba na cena do trip hop.
"Aquilo nos colocou numa caixa muito pequena. Era uma fórmula muito limitada", diz
Lightwood à Folha, por telefone, de Los Angeles.
Na linha do novo disco de
Róisín Murphy, o SBL reduz a
potência dos vocais, arrasta as
melodias, diminui a velocidade
e abusa do verniz retrô -se não
é o trip hop, é a disco music que
está de volta. "Tem uma hora
que a festa precisa acabar. É
um disco mais introspectivo",
diz Lightwood. "Não sou sempre uma pessoa feliz, de vez em
quando preciso ir a lugares
mais escuros."
Esse mergulho dark aproxima o SBL do último disco do
Moloko, "Statues", em que
Murphy -que considera este
seu melhor disco- falava do
fim de seu romance com Mark
Brydon em todas as faixas.
"Sempre me senti muito próxima deles e sou fã de como ela
conseguiu sempre ficar entre
dois mundos, pensar sempre
de forma não-convencional",
diz Lightwood sobre Murphy.
A vocalista do SBL diz que
sentia o mesmo em relação ao
Morcheeba quando Skye Edwards ainda era a voz da banda.
Com sua saída em 2003, o
Morcheeba "virou outra coisa,
que já não reconheço, algo mais
como o Groove Armada, com
vocalistas rotativos".
A nova turnê do SBL começa
em maio nos EUA e deve seguir
depois para a Europa. "Nada
pode ser ressuscitado, mas estamos nos mexendo."
(SM)
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