São Paulo, domingo, 01 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Coleção Folha destaca Delacroix, um dos precursores do modernismo

Obra de francês que se opôs ao academicismo é tema do próximo volume

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das importantes características das vanguardas modernistas, no século 19, foi a revolta contra os temas eruditos e grandiloqüentes impostos pela Academia Francesa. Outra propriedade desses desbravadores foi recorrer a viagens por locais exóticos em busca de novas inspirações, como ocorreu posteriormente com Gauguin.
Entre os precursores do modernismo, o francês Eugène Delacroix (1798-1863), tema do volume do próximo domingo da Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura, antecipou não só a técnica impressionista anti-acadêmica no uso das cores como também viajou para o norte da África, em busca de novas referências.
Contemporâneo de Jean-Auguste-Dominique Ingres, considerado conservador, Delacroix é um "dos grandes revolucionários surgidos no país das revoluções", como escreve o historiador E.H. Gombrich. "Se não combati pela pátria, ao menos posso pintar para ela", escreveu o artista a seu irmão.
Uma das formas desse engajamento foi a pintura "A Liberdade Guiando o Povo", de 1830, adquirida pelo Estado francês, mas poucas vezes exibida por ter sido considerado excessivamente panfletária.
Com a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, a obra foi liberada para visitação apenas após a Revolução de 1848.
A falta de clareza nos contornos das figuras, a ausência de poses individuais e o comedimento na composição são marcas que vão caracterizar Delacroix contra o academismo de Ingres.


Texto Anterior: Ferreira Gullar: Sarado, mas nem tanto
Próximo Texto: Cinema: Críticos comentam filmes de Allen
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.