São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA AÇÃO

Michael Bay segue incapaz de emocionar em nova produção

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

No futuro, Michael Bay será descoberto como o cineasta essencial da virada do século 20 para o 21. Não o melhor, talvez tampouco o pior.
Mas aquele que traduziu um dos grandes males da nossa época: transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Seus filmes -como "Os Bad Boys", "Armageddon", "A Ilha" e outros- parecem feitos por e para pessoas com TDAH, incapazes de se deter em uma atividade por muito tempo ou de se entreter com cenas formadas por planos de mais de três segundos.
Graças a essa conexão com o público, Bay consegue feitos que seriam impensáveis para outros diretores, como transformar em sucesso uma franquia com carros que se transformam em robôs.
Terceiro episódio da série, "Transformers: O Lado Oculto da Lua" tem um ponto de partida original: a de que a corrida espacial dos anos 60 estaria ligada à guerra entre Autobots e Decepticons, com consequências catastróficas para a humanidade hoje.
Mas, em vez de ir mais fundo, o filme intercala diálogos "espertos" e sequências de ação ao mesmo tempo monumentais e triviais.
Em meio às explosões, ele até consegue criar abstrações visuais interessantes, como se fizesse videoarte com muito dinheiro (e pouca arte).
Mas continua incapaz de fazer rir ou emocionar . Não deixa de ser natural que o maior sucesso de sua carreira seja um filme sobre carros-robôs. O humano é estranho a Michael Bay.

TRANSFORMERS: O LADO ESCURO DA LUA

DIREÇÃO Michael Bay
PRODUÇÃO EUA, 2011
COM Shia LaBeouf, Josh Duhamel e Patrick Dempsey
ONDE nos cines Bristol, Anália Franco UCI e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO ruim


Texto Anterior: Cinema: Em "Transformers", diretor usa 3D para ampliar explosões
Próximo Texto: Foco: Beijo entre homens é vetado em novela do SBT
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.