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Crítica
"Separações" celebra amores e amizades
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Assim como a vida, que é acometida por paixões e impulsos
selvagens que nos levam a caminhos inesperados, os filmes
de Domingos Oliveira parecem
não seguir um roteiro fechado e
pré-determinado, abrindo-se a
situações que não necessariamente se concluem.
Cineasta moderno, Oliveira
deixa seus personagens meio
ao léu, simplesmente vivendo e
amando, apaixonando-se e desesperando-se.
É assim em "Separações"
(Canal Brasil, 0h34; classificação indicativa não informada).
Entediado com o casamento
que rateia há algum tempo, Cabral propõe à Glorinha uma separação. Nada mais sensato.
Inclusive parte para a caça,
mas, ao saber que Glorinha se
apaixonou por outro, desespera-se. Quer reconquistá-la.
Estamos numa comédia romântica, e as coisas se resolvem de forma irônica. Mas não
menos felizes, pois Oliveira celebra a amizade e os amores,
que são mais prazerosos de se
assistir do que as vinganças e os
perdões das telenovelas e dos
dramalhões cinematográficos.
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