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Manifesto pede brasileiro
da Reportagem Local
Mais de mil intelectuais de
países de língua portuguesa assinaram um manifesto defendendo o nome do ex-embaixador brasileiro em Portugal José
Aparecido de Oliveira para a
secretaria executiva da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
Criada em Lisboa, Portugal,
em 96, a CPLP visa difundir e
defender o idioma português e
promover a cooperação, entre
os países que a integram, nos
campos diplomático, político
social e econômico.
Entre os signatários do manifesto em defesa de José Aparecido estão o senador e colunista da Folha José Sarney, o
ex-presidente de Portugal Mário Soares, o arquiteto Oscar
Niemeyer, o filólogo Antônio
Houaiss, o escritor português
José Saramago, a escritora Nélida Piñon e o jornalista e colunista da Folha Alberto Dines.
O documento foi encaminhado ao presidente Fernando
Henrique Cardoso pelo economista Celso Furtado e o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro -ambos signatários do
manifesto.
As primeiras assinaturas foram colhidas durante encontro
de escritores de países de língua portuguesa na cidade de
Praia, em Cabo Verde.
Atualmente, o secretário-executivo da CPLP é o ex-primeiro-ministro de Angola
Marcolino Moco.
O órgão é integrado pelos sete países que adotam o português como idioma oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Ao todo, esses países totalizam
uma população de 200 milhões
de falantes da língua portuguesa.
Além de ter sido embaixador
em Portugal, entre 93 e 95, José
Aparecido foi também ministro da Cultura (governo Sarney) e governador do Distrito
Federal (1986-1987). Atualmente é presidente da Fundação Oscar Niemeyer.
"Sinto-me lisonjeado com a
indicação, mas o mais importante é que o Brasil alerte para
situações como a de Moçambique, país cercado por nações
anglófilas", afirmou José Aparecido.
O ex-embaixador destacou
que o Brasil deve lutar pela
criação de institutos de língua
portuguesa internacionais, nos
moldes do instituto Goethe, da
Alemanha. "É preciso que sejam feitos investimentos públicos para a criação dessas instituições, como acontece na Europa e nos EUA", disse.
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