São Paulo, sábado, 1 de agosto de 1998

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Manifesto pede brasileiro

da Reportagem Local

Mais de mil intelectuais de países de língua portuguesa assinaram um manifesto defendendo o nome do ex-embaixador brasileiro em Portugal José Aparecido de Oliveira para a secretaria executiva da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Criada em Lisboa, Portugal, em 96, a CPLP visa difundir e defender o idioma português e promover a cooperação, entre os países que a integram, nos campos diplomático, político social e econômico.
Entre os signatários do manifesto em defesa de José Aparecido estão o senador e colunista da Folha José Sarney, o ex-presidente de Portugal Mário Soares, o arquiteto Oscar Niemeyer, o filólogo Antônio Houaiss, o escritor português José Saramago, a escritora Nélida Piñon e o jornalista e colunista da Folha Alberto Dines.
O documento foi encaminhado ao presidente Fernando Henrique Cardoso pelo economista Celso Furtado e o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro -ambos signatários do manifesto.
As primeiras assinaturas foram colhidas durante encontro de escritores de países de língua portuguesa na cidade de Praia, em Cabo Verde.
Atualmente, o secretário-executivo da CPLP é o ex-primeiro-ministro de Angola Marcolino Moco.
O órgão é integrado pelos sete países que adotam o português como idioma oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Ao todo, esses países totalizam uma população de 200 milhões de falantes da língua portuguesa.
Além de ter sido embaixador em Portugal, entre 93 e 95, José Aparecido foi também ministro da Cultura (governo Sarney) e governador do Distrito Federal (1986-1987). Atualmente é presidente da Fundação Oscar Niemeyer.
"Sinto-me lisonjeado com a indicação, mas o mais importante é que o Brasil alerte para situações como a de Moçambique, país cercado por nações anglófilas", afirmou José Aparecido.
O ex-embaixador destacou que o Brasil deve lutar pela criação de institutos de língua portuguesa internacionais, nos moldes do instituto Goethe, da Alemanha. "É preciso que sejam feitos investimentos públicos para a criação dessas instituições, como acontece na Europa e nos EUA", disse.



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