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Próximo conto de 007 tem "Playboy' como cenário
de Nova York
Para celebrar o 45º aniversário
da revista masculina "Playboy",
em janeiro, Raymond Benson prepara um conto inédito de James
Bond passado na mansão do publisher Hugh Hefner. Sabe-se ainda que Hefner aparecerá na história ao lado de duas "coelhinhas".
Franquia é isso: aproveita-se todo espaço para propagandear o
produto. Parece meio exagerado,
mas Bond e suas conquistas são
íntimos do universo de Hefner.
Não se trata de novidade tampouco para escritos de Benson. A
primeira história original de 007
escrita por ele ("Blast from the
Past") foi publicada no ano passado exclusivamente na "Playboy". A revista editou também
trechos de seus dois romances.
Benson trabalha sério. Só no ano
passado, além dos textos citados,
lançou ainda a versão novelizada
do roteiro de "O Amanhã Nunca
Morre". Atualmente, escreve seu
terceiro romance, com lançamento previsto para o ano que vem.
Tudo o que se sabe é que tem o
Nepal por principal cenário.
Benson é hoje diretor da Ian Fleming Foundation. Seu envolvimento profissional com o personagem data do início dos anos 80,
quando editou a enciclopédia
"The James Bond Bedside Companion". Contas feitas, já é o terceiro mais produtivo escritor da
série iniciada em 1953 por Fleming
com "Casino Royale" (1953).
Fleming publicou 14 livros com
o personagem. Em 1960, ninguém
menos que Kingsley Amis testou a
mão, sob o pseudônimo de Robert
Markhan, com "Colonel Sun",
lançado no Brasil pela Record sob
o título "007 contra Pequim". Ficou nisso.
Nos anos 70, Christopher Wood
assinou as novelizações dos roteiros de "007 -O Espião Que me
Amava" e "007 contra o Foguete
da Morte". A série para valer só
prosseguiu nos anos 80. John
Gardner escreveu 14 originais e
duas adaptações de filme, num estilo mais para John Le Carré do
que para Fleming. Estreou com
"Licença Renovada" (81) e despediu-se com "Cold Fall" (96).
Diplomático, Benson recusa-se a
comentar em detalhes a contribuição de Gardner. "Não acho que
ele recebeu o reconhecimento devido dos fãs", diz.
Mas faz questão de marcar as diferenças: "Tenho paixão por
Bond, pois fui e ainda sou um fã de
Bond -e essa é provavelmente a
principal diferença entre eu e o sr.
Gardner".
(AL)
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