São Paulo, sábado, 1 de agosto de 1998

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Próximo conto de 007 tem "Playboy' como cenário

de Nova York

Para celebrar o 45º aniversário da revista masculina "Playboy", em janeiro, Raymond Benson prepara um conto inédito de James Bond passado na mansão do publisher Hugh Hefner. Sabe-se ainda que Hefner aparecerá na história ao lado de duas "coelhinhas".
Franquia é isso: aproveita-se todo espaço para propagandear o produto. Parece meio exagerado, mas Bond e suas conquistas são íntimos do universo de Hefner.
Não se trata de novidade tampouco para escritos de Benson. A primeira história original de 007 escrita por ele ("Blast from the Past") foi publicada no ano passado exclusivamente na "Playboy". A revista editou também trechos de seus dois romances.
Benson trabalha sério. Só no ano passado, além dos textos citados, lançou ainda a versão novelizada do roteiro de "O Amanhã Nunca Morre". Atualmente, escreve seu terceiro romance, com lançamento previsto para o ano que vem. Tudo o que se sabe é que tem o Nepal por principal cenário.
Benson é hoje diretor da Ian Fleming Foundation. Seu envolvimento profissional com o personagem data do início dos anos 80, quando editou a enciclopédia "The James Bond Bedside Companion". Contas feitas, já é o terceiro mais produtivo escritor da série iniciada em 1953 por Fleming com "Casino Royale" (1953).
Fleming publicou 14 livros com o personagem. Em 1960, ninguém menos que Kingsley Amis testou a mão, sob o pseudônimo de Robert Markhan, com "Colonel Sun", lançado no Brasil pela Record sob o título "007 contra Pequim". Ficou nisso.
Nos anos 70, Christopher Wood assinou as novelizações dos roteiros de "007 -O Espião Que me Amava" e "007 contra o Foguete da Morte". A série para valer só prosseguiu nos anos 80. John Gardner escreveu 14 originais e duas adaptações de filme, num estilo mais para John Le Carré do que para Fleming. Estreou com "Licença Renovada" (81) e despediu-se com "Cold Fall" (96).
Diplomático, Benson recusa-se a comentar em detalhes a contribuição de Gardner. "Não acho que ele recebeu o reconhecimento devido dos fãs", diz.
Mas faz questão de marcar as diferenças: "Tenho paixão por Bond, pois fui e ainda sou um fã de Bond -e essa é provavelmente a principal diferença entre eu e o sr. Gardner". (AL)



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