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Rubin Steiner lança disco e toca no Brasil
O projeto do multiinstrumentista francês Fred Landier mostra "Drum Major!"
Novo trabalho da banda mescla hip hop, jazz, punk, rock e pop; mentor diz que está emocionado por tocar com Tortoise em Recife
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio a tantos shows e
eventos anunciados para este
segundo semestre, mais uma
ótima notícia: o Rubin Steiner
vem tocar novamente no Brasil. O projeto de jazz/hip hop/eletrônica do multiinstrumentista e produtor francês Fred
Landier volta ao país para um
show no festival pernambucano No Ar Coquetel Molotov e
uma performance "pocket" na
Fnac, em São Paulo -ele ainda
se apresentará no Londrina
Jazz Festival, em novembro.
A banda traz na bagagem o
novo álbum, "Drum Major!",
que acaba de ser lançado aqui
(R$ 29,90, Azul Music). O disco, o terceiro do grupo, é bem
diferente do anterior, "Wunderbar Drei" (2002), cuja principal referência era o free jazz.
"Não sou um jazzman, apenas um guitarrista punk", explica Landier, 32. "O lado jazz
dos álbuns anteriores ocorreu
porque mixei um grande número de discos desse estilo, e
adorei. Hoje, faço outra coisa."
Landier, que, além de músico, é um agitador cultural punk
que já teve programa numa rádio francesa e fez fanzines, é o
mentor do projeto Rubin Steiner. Nos trabalhos anteriores,
ele, sozinho, fez todas as músicas trancado no estúdio, manipulando samples.
A principal diferença de
"Major Drum!"
com relação aos
antecedentes,
aponta ele, é que,
neste, "não há praticamente nenhum
sample".
"Este disco é
uma criação completamente livre.
Sem conceito nem
idéia preestabelecida", afirma Landier. "Enquanto
"Wunderbar Drei"
era um álbum extremamente coerente, com muito
piano e vibrafone,
"Drum Major!" foi
feito faixa por faixa, em direções muito diferentes", explica.
Essa vontade do produtor de
fazer um pouco de tudo se traduz numa mistureba de estilos,
como rap, nas faixas "Ten
Drummers Back" e "Murderation", drum'n'bass ("Schlaffenwagonnet"), jazz eletrônico
("My Own Style), pop, rock.
"No final das contas, este disco
é, apesar de tudo, coerente.
Acho que se parece comigo."
Ainda que trafegue com propriedade por tantos
gêneros, a maneira
como Landier tece as
texturas sonoras,
cortando e colando
pedaços de sons, deixa clara a influência
do rap. "O hip hop foi
essencial na minha
maneira de fazer
música", concorda o
francês. "Grupos como De La Soul ou
Beastie Boys me permitiram ver a música
sob um novo olhar.
Até então, estava
completamente impregnado pelas músicas experimentais.
Com o hip hop, descobri que podia utilizar os mesmos instrumentos, no caso, o
sample, para fazer uma música
"escutável", popular, dançante e
repleta de emoção."
O que torna o projeto tão empolgante, no entanto, é sua performance ao vivo. No palco,
Landier controla uma parafernália eletrônica, acompanhado
pela Rubin Steiner Neue Band,
que traz os músicos Sylvestre
(contrabaixo), Chacha (bateria
e guitarra) e Olive (trombone,
trompete e guitarra).
Em Recife, Landier tocará na
mesma noite do Tortoise, o que
lhe tem tirado o sono: "Posso
dizer que estou muito orgulhoso e excitado com a idéia de tocar com Tortoise, que é um dos
meus dez grupos preferidos de
todos os tempos. Obrigado por
isto!".
(ADRIANA FERREIRA SILVA)
RUBIN STEINER
Quando: sáb., a partir das 21h
Onde: festival No Ar Coquetel Molotov
(av. dos Reitores, Cidade Universitária, Recife, 0/xx/81/ 2126-8077)
Quanto: R$ 20
Quando: ter. (dia 5), às 19h
Onde: Fnac Pinheiros (av. Pedroso de Moares, 858, Pinheiros, tel. 0/xx/11/4501-3000)
Quanto: grátis
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