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CRÍTICA ENTREVISTA
Em novo "Roda Viva", debate dá lugar a ameno "talk show"
BIA ABRAMO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Parece, mas não é: o nome
é o mesmo, a emissora idem,
o cartunista também. Mas,
na noite de segunda-feira, a
TV Cultura começou um novo programa, cuja semelhança com o velho "Roda Viva" é
mera coincidência.
Foi má ideia o "novo" "Roda Viva" começar com a memória dos 24 anos anteriores:
o contraste ficou mais evidente. Em vez de um programa cujo formato estimulava
o debate de ideias, o que se
viu anteontem foi um ameno
"talk show", no qual a principal estrela foi o entrevistado
Eike Batista (frase da noite:
"Vou te falar, as elites brasileiras... Ninguém se toca!").
E nem foi por demérito (ou
mérito) da apresentadora,
Marília Gabriela, nem dos entrevistadores fixos, Augusto
Nunes e Paulo Moreira Leite.
A cancha de Marília naquilo que é sua especialidade
-a provocação de leve, as
perguntas pessoais que parecem "reveladoras"-, pode
até vir a funcionar com a ferocidade de Nunes (na TV, em
versão bem mais mansa do
que em seu blog da "Veja") e
com a verve de polemista de
Paulo Moreira Leite.
O problema parece estar
no formato: com menos jornalistas convidados, programa gravado e sem participação do público, o debate simplesmente não aconteceu.
Enquanto isso, no Twitter...
RODA VIVA
QUANDO seg., às 22h, na Cultura
AVALIAÇÃO ruim
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