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CRÍTICA COMÉDIA
Roberto Benigni apareceu ao mundo na cela de "Daunbailó"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Uma das vantagens de
"Daunbailó" (TC Cult, 1h30,
12 anos) foi revelar ao mundo
Roberto Benigni, um dos três
presidiários que habitam esta comédia de Jim Jarmush.
Isso foi em 1986, era o segundo filme do diretor americano e seu estilo de poucos
planos e movimentos repetidos era assimilado como um
audacioso minimalismo.
Talvez não fosse. Talvez o
repertório de Jim fosse mesmo um tanto mínimo. Porém
ele trazia, junto com outros
jovens diretores americanos,
a saudável ideia de um olhar
novo e pouco conformista.
Aqui o humor vem do inglês um tanto tumultuado do
prisioneiro italiano (Benigni)
e dos descaminhos que levaram seus dois companheiros
de cela à dita cuja. Vem, sobretudo, do sentimento de
que o cinema existe para discutir as aparências do mundo. Daí sua vivacidade.
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