|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Excentricidades dão o tom em "Levada da Breca"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Eu me repito? Deve ser. De
todo modo, sempre que passa
"Levada da Breca" (TCM,
22h) eu faço questão de rever.
Se não passa, boto o DVD. Não
raro, rio como das primeiras
vezes que vi essa comédia de
1938.
Comédia "screwball", ou maluca, um gênero em que o comportamento excêntrico dos
personagens dá o tom. E nada
pode ser mais excêntrico do
que um cientista, como Cary
Grant, no caso, pelo simples fato de que pensa obsessivamente em uma coisa, enquanto o
mundo roda à sua volta.
Ou do que uma garota cheia
de vida e com uma capacidade
sem fim de transformar o mundo à sua maneira -caso de Katharine Hepburn. O filme é um
prodígio, entre outras coisas,
porque, pelo caminho do desvio à norma, cria uma idéia poderosa da dupla inseparável,
masculino/feminino.
Logo a seguir, às 23h50, no
mesmo TCM, Hepburn outra
em vez, em "Núpcias de Escândalo", de George Cukor,
que não fica nada atrás.
Texto Anterior: Música: Led Zeppelin é "biografado" no A&E Próximo Texto: Marcelo Coelho: A roupa nova do povo Índice
|