São Paulo, quarta-feira, 01 de novembro de 2006

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Crítica

Excentricidades dão o tom em "Levada da Breca"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Eu me repito? Deve ser. De todo modo, sempre que passa "Levada da Breca" (TCM, 22h) eu faço questão de rever. Se não passa, boto o DVD. Não raro, rio como das primeiras vezes que vi essa comédia de 1938.
Comédia "screwball", ou maluca, um gênero em que o comportamento excêntrico dos personagens dá o tom. E nada pode ser mais excêntrico do que um cientista, como Cary Grant, no caso, pelo simples fato de que pensa obsessivamente em uma coisa, enquanto o mundo roda à sua volta.
Ou do que uma garota cheia de vida e com uma capacidade sem fim de transformar o mundo à sua maneira -caso de Katharine Hepburn. O filme é um prodígio, entre outras coisas, porque, pelo caminho do desvio à norma, cria uma idéia poderosa da dupla inseparável, masculino/feminino.
Logo a seguir, às 23h50, no mesmo TCM, Hepburn outra em vez, em "Núpcias de Escândalo", de George Cukor, que não fica nada atrás.

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