São Paulo, quinta-feira, 01 de novembro de 2007

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Bebida

Chile faz da carmenére cepa emblemática

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Confundida com a merlot, a uva carmenére ficou escondida nos vinhedos chilenos até a década de 90, quando foi identificada por especialistas franceses.
Praticamente extinta na França, seu berço original, e rara no resto do planeta, acabou se convertendo em um trunfo para os viticultores locais, que a transformaram na cepa emblemática do Chile.
Porém, a nova coqueluche chilena tem um problema: demora muito para maturar. Em anos mais úmidos, sofre às vezes com as chuvas do outono, que impedem que chegue ao ponto ideal, dando então vinhos ásperos e com caráter vegetal. Por isso, ela precisa de lugares cálidos e de boas safras para amadurecer bem e modelar goles macios e com bons traços de frutas vermelhas.
A região de Rapel, ao sul de Santiago, é um dos melhores cantos para esta uva gaulesa. E para quem quiser conferir um bom carmenére daqueles terrenos vão a seguir dois exemplares da bela safra 2005 assinados por vinícolas de ponta.
O primeiro é o Winemaker's Lot , da Concha y Toro, complexo no nariz e na boca (cerejas, especiaria, caramelo), denso, macio e persistente (89/100, R$ 68, na Expand, tel. 0/xx/11/3847-4747). O segundo é da Santa Rita, o Reserva, um tinto untuoso com sabor amplo que mescla framboesa, couro e suave canela (89/100, R$ 48,75, na Ville du Vin, tel. 0/ xx/11/3045-8137).


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