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Chet Baker é tema de CD da coleção
Cantor e trompetista norte-americano foi um dos expoentes do cool jazz
Músico, morto em 1988, se notabilizou pela delicadeza; o timbre agudo e a emissão adocicada reproduziam
a fineza do trompete
DA REPORTAGEM LOCAL
Domingo é dia de conhecer o
James Dean da música. O
trompetista e cantor Chet Baker é o tema do volume sete da
Coleção Folha Clássicos do
Jazz.
A heroína ainda não tinha devastado o corpo e a música de
Baker nos anos 1950, quando
foram gravadas as faixas do disco da coleção. Em plena forma,
ao lado do grupo do pianista
Russ Freeman, ele executa solos instrumentais de incrível
fluência e destreza e mostra vocais tão delicados quanto os
traços de seu rosto na época.
Foi naquele tempo que, no
leste dos EUA, Chesney Henry
Baker Jr. (1929-1988) se transformou em um expoente do
cool jazz, vertente de musicistas brancos que aderiu às inovações rítmicas e harmônicas
do bebop de Charlie Parker e
Dizzy Gillespie, executando-as,
contudo, de maneira mais sutil.
"Tento extrair do instrumento algo que tenha qualidade e
que seja único", afirmou Baker
em 1953, à revista "Down Beat",
em defesa da sua poética da delicadeza. "Parece que as pessoas só ficam impressionadas
por três coisas: se você toca rápido, se toca agudo ou pelo próprio som do instrumento, não
pelas notas que você toca."
Como cantor, sua interpretação mantinha a fineza do trompete, com um timbre agudo e
emissão adocicada, entre o canto e o sussurro.
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