São Paulo, quinta-feira, 01 de novembro de 2007

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Chet Baker é tema de CD da coleção

Cantor e trompetista norte-americano foi um dos expoentes do cool jazz

Músico, morto em 1988, se notabilizou pela delicadeza; o timbre agudo e a emissão adocicada reproduziam a fineza do trompete

DA REPORTAGEM LOCAL

Domingo é dia de conhecer o James Dean da música. O trompetista e cantor Chet Baker é o tema do volume sete da Coleção Folha Clássicos do Jazz.
A heroína ainda não tinha devastado o corpo e a música de Baker nos anos 1950, quando foram gravadas as faixas do disco da coleção. Em plena forma, ao lado do grupo do pianista Russ Freeman, ele executa solos instrumentais de incrível fluência e destreza e mostra vocais tão delicados quanto os traços de seu rosto na época.
Foi naquele tempo que, no leste dos EUA, Chesney Henry Baker Jr. (1929-1988) se transformou em um expoente do cool jazz, vertente de musicistas brancos que aderiu às inovações rítmicas e harmônicas do bebop de Charlie Parker e Dizzy Gillespie, executando-as, contudo, de maneira mais sutil.
"Tento extrair do instrumento algo que tenha qualidade e que seja único", afirmou Baker em 1953, à revista "Down Beat", em defesa da sua poética da delicadeza. "Parece que as pessoas só ficam impressionadas por três coisas: se você toca rápido, se toca agudo ou pelo próprio som do instrumento, não pelas notas que você toca."
Como cantor, sua interpretação mantinha a fineza do trompete, com um timbre agudo e emissão adocicada, entre o canto e o sussurro.


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