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Galerinas de SP vivem auge em época de Bienal
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As galerias de SP estão em
polvorosa. Época de Bienal é
muito trabalho, mas regado a
muito champanhe, ingredientes da vida de uma galerina.
Seja em Chelsea ou nos Jardins, elas são o braço direito de
galeristas. Cuidam de detalhes
de uma exposição ou da venda
das obras, mas também podem
fazer serviços triviais, como colar etiquetas nas paredes.
"As pessoas têm essa idéia de
que a galerina é uma menina
superchique, que fica ali sentada, toda cheirosa, maquiada.
Mas a gente põe muito a mão na
massa", afirma Cristina Candeloro Quinn, 31, diretora da galeria Luisa Strina.
De salto alto e cabelo preso
meio bagunçado, em plena
montagem de exposição, Cristina diz que não ligava muito
para roupas, até entrar para a
galeria. "Você sabe, as pessoas
desse meio, os compradores,
são superestetas."
A produtora de arte Marina
Buendia, 26, é uma das galerinas da Vermelho. Como a
maioria, é formada em artes na
Faap. "Em dia de abertura, a regra é não ficar quieta, escondida. Fica todo mundo circulando, de olho em tudo", diz Marina, depois de um vernissage
com 600 pessoas. "Pode parecer antipatia, mas a gente fica
numa maluquice."
Antipatia é um dos ingredientes que as garotas de São
Paulo tentam substituir por
sorrisos, apesar da atmosfera
gélida de alguns espaços. A Fortes Vilaça, por exemplo, mantém as portas fechadas, mas
Marie Ikonomidis, 34, está
sempre a postos para atender
visitantes. "Cuido se tem docinho, se o café está bom, se tem
vinho, champanhe", diz Marie,
assistente de diretoria.
Na Triângulo, um dia antes
da Bienal, Gabriela Inui, 36,
atendeu três curadores, um diretor de museu e um apresentador da TV Globo. Tão importante quanto fazer uma boa
venda é administrar egos. "O
mundo das galerias é delicado,
tem que ter muitos dedos", diz.
(FE)
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