São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

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Galerinas de SP vivem auge em época de Bienal

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As galerias de SP estão em polvorosa. Época de Bienal é muito trabalho, mas regado a muito champanhe, ingredientes da vida de uma galerina.
Seja em Chelsea ou nos Jardins, elas são o braço direito de galeristas. Cuidam de detalhes de uma exposição ou da venda das obras, mas também podem fazer serviços triviais, como colar etiquetas nas paredes.
"As pessoas têm essa idéia de que a galerina é uma menina superchique, que fica ali sentada, toda cheirosa, maquiada. Mas a gente põe muito a mão na massa", afirma Cristina Candeloro Quinn, 31, diretora da galeria Luisa Strina.
De salto alto e cabelo preso meio bagunçado, em plena montagem de exposição, Cristina diz que não ligava muito para roupas, até entrar para a galeria. "Você sabe, as pessoas desse meio, os compradores, são superestetas."
A produtora de arte Marina Buendia, 26, é uma das galerinas da Vermelho. Como a maioria, é formada em artes na Faap. "Em dia de abertura, a regra é não ficar quieta, escondida. Fica todo mundo circulando, de olho em tudo", diz Marina, depois de um vernissage com 600 pessoas. "Pode parecer antipatia, mas a gente fica numa maluquice."
Antipatia é um dos ingredientes que as garotas de São Paulo tentam substituir por sorrisos, apesar da atmosfera gélida de alguns espaços. A Fortes Vilaça, por exemplo, mantém as portas fechadas, mas Marie Ikonomidis, 34, está sempre a postos para atender visitantes. "Cuido se tem docinho, se o café está bom, se tem vinho, champanhe", diz Marie, assistente de diretoria.
Na Triângulo, um dia antes da Bienal, Gabriela Inui, 36, atendeu três curadores, um diretor de museu e um apresentador da TV Globo. Tão importante quanto fazer uma boa venda é administrar egos. "O mundo das galerias é delicado, tem que ter muitos dedos", diz.
(FE)



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