São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009

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Coleção Folha aborda National Gallery

Museu em Washington tem um dos mais completos acervos dos EUA, com obras de Matisse, Velázquez e Van Gogh

Inaugurada em 1941 nos EUA, instituição engloba mais de 700 anos de história; volume chega às bancas no próximo domingo

DA REPORTAGEM LOCAL

Ela tem pouco mais de meio século de existência, mas abriga um acervo de mais de 700 anos de história da arte. A National Gallery of Art, de Washington, é o tema do volume 14 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às bancas no domingo que vem.
Inaugurada em 1941, na capital dos EUA, a instituição seria impensável sem o apoio de quatro grandes mecenas americanos. O primeiro grande doador foi o banqueiro Andrew Mellon (1855-1937), secretário do Tesouro dos presidentes Warren Harding, Calvin Coolidge e Herbert Hoover, além de embaixador em Londres.
Colecionador de obras de arte, Mellon chegou, em 1931, à façanha de conseguir 20 itens que pertenciam ao monumental Hermitage, de Leningrado (atual São Petersburgo). O ditador soviético Stálin havia autorizado secretamente a venda de parte do acervo do museu para a compra de tratores.
Como efeito dessa espetacular aquisição, a National Gallery pôde contar com obras-primas de Botticelli ("A Adoração dos Magos"), Rafael ("São Jorge e o Dragão" e "Alba Madonna"), Veronese, ("Moisés Salvo das Águas"), Van Eyck ("Anunciação"), Ticiano, Van Dyck e Rembrandt.
Foi Mellon, ainda, quem destinou os fundos à construção do museu, encomendando pessoalmente ao arquiteto Pope, em 1935, o edifício que abrigaria as obras. O exemplo do financista foi seguido com entusiasmo por Samuel Kress, Joseph E. Widener e Chester Dale, que doaram suas coleções de arte à National Gallery of Art.
Graças a esses magnatas, a instituição conta com um dos mais completos acervos dos EUA, desde os grandes mestres italianos (Giotto, Fra Angelico, Leonardo, Canaletto) até o cubismo de Braque, a cor de Matisse e o impressionismo de Monet, Renoir e Degas, passando pela grande escola espanhola (Murillo, Velázquez) e por Cézanne, Van Gogh e Gauguin.


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