São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Festa de Paraty tem novo diretor

Jornalista Flávio Moura substitui Cassiano Elek Machado na sexta edição do evento, que acontecerá no ano que vem

A Flip tentará ampliar ainda mais o leque de escritores provenientes de outros países; evento de 2007 terminou no vermelho

SYLVIA COLOMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Festa Literária Internacional de Paraty terá um novo diretor de programação para sua sexta edição, em 2008 (ainda sem as datas definidas).
Trata-se do jornalista Flávio Moura, em substituição a Cassiano Elek Machado, que organizou a Flip deste ano. Moura é editor da revista do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e fez parte da equipe de editorialistas da Folha entre 2005 e 2006.
Ele será o quarto diretor da festa. As duas primeiras foram organizadas pelo jornalista Flávio Pinheiro, as duas seguintes pela editora Ruth Lanna e a mais recente, por Machado.
"Achei bacana o convite e quero manter o alto nível das Flips dos anos anteriores", diz Moura. Um dos objetivos para o próximo ano, adianta, será o de abrir o leque de convidados de outros países, uma vez que, tradicionalmente, há uma predominância de escritores britânicos e norte-americanos.
Na edição passada, essa tendência já havia se revelado, com a participação de vários latino-americanos, como os mexicanos Ignacio Padilla e Guillermo Arriaga e os argentinos Alan Pauls e Rodrigo Fresán.
O desafio de Moura não será pequeno, uma vez que a lista de grandes nomes internacionais que ainda não participaram da festa está diminuindo. Em 2003, os destaques foram Eric Hobsbawm e Don DeLillo. Em 2004, Ian McEwan e Martin Amis; 2005 teve Salman Rushdie e Orhan Pamuk; 2006, Christopher Hitchens e Lillian Ross, enquanto 2007 trouxe o badalado Nobel J.M. Coetzee.
Entre os que são sempre cogitados, mas ainda não vieram, estão o americano Philip Roth e o italiano Umberto Eco.
Organizada pela Associação Casa Azul, a Flip tem orçamento anual médio de R$ 3 milhões. Ainda assim, na edição deste ano, foi anunciado que o evento terminou no vermelho, devendo entre R$ 60 mil e R$ 70 mil.


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