São Paulo, sexta, 2 de janeiro de 1998.




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Cartunista vai montar estúdio em Mogi

da Sucursal do Rio

A Turma da Mônica está de mudança para Mogi das Cruzes (a 50 Km de São Paulo), onde seu criador, Maurício de Souza, vai montar um estúdio de cinema e, se tudo der certo, uma emissora de televisão, a TV Criança.
Sua Lojinha da Mônica foi habilitada, com outras duas empresas, pelo Ministério das Comunicações, para prosseguir na concorrência por um canal de TV na cidade. Os outros dois concorrentes são a empresa Sistema Astral de Comunicação (da qual é sócio o ator e cantor Fábio Júnior) e o jornal "Diário de Mogi".
Souza disse à Folha que há mais de seis anos sonha em montar uma emissora de televisão. "Cheguei a solicitar uma concessão ao governo, mas, naquela época, me exigiram coisas com as quais eu não concordava", diz ele, sem fornecer o autor nem o teor das exigências que lhe teriam sido feitas.
Ele se diz empolgado com seu projeto em Mogi. Na verdade, um megaprojeto, que deverá consumir US$ 100 milhões nos próximos cinco anos. A prefeitura local já cedeu um terreno de 1 milhão de metros quadrados, dois terços dos quais serão reservados para um cinturão verde.
Os estúdios serão abertos à visitação pública e os profissionais serão formados pela Universidade de Mogi das Cruzes. Maurício de Souza imagina fazer uma televisão voltada para a família, com parte da programação feita localmente e parte adquirida no exterior.
"Quero colocar as crianças para fazer a televisão junto comigo, o que não significa que a programação será exclusivamente infantil. Quero fazer um canal atraente para toda a família", prossegue.
Parte do projeto será financiada com a produção de 13 filmes da Turma da Mônica que serão exibidos mundialmente pela Fox. O contrato com o estúdio norte-americano será assinado em janeiro e cada filme custará US$ 400 mil.
Maurício de Souza não se mostra preocupado com a obtenção de financiamento para seu projeto. "Vou buscar recursos no exterior e não vejo dificuldades para isso, pois temos tido sucesso em nossos empreendimentos", diz. Assim como Fagner, Souza descarta a hipótese de fazer uma TV comercial: "Não vou brigar por audiência. Me interessa mais a qualidade."



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