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Motta instituiu venda por licitação
da Sucursal do Rio
A distribuição de concessões de
rádio e televisão no Brasil foi usada
como moeda política até o final do
governo Sarney. Nos cinco anos
em que exerceu a presidência da
República (1985-90), José Sarney
autorizou 1.091 outorgas para o
serviço de radiodifusão.
Desse total, 165 concessões foram dadas a deputados federais e,
não por coincidência, 90% dos
parlamentares beneficiados votaram a favor do mandato de cinco
anos para Sarney. As demais concessões foram parar também em
mãos de aliados do governo.
Os ex-presidentes Fernando Collor e Itamar Franco não assinaram nenhuma concessão de radiodifusão, mas fizeram farta distribuição de outorgas para a exploração de serviços de telecomunicação, como TV paga e "pager" (os
modernos bips), beneficiando
também a seus aliados.
No governo FHC, o ministro das
Comunicações, Sérgio Motta, instituiu a venda das concessões por
licitação pública, na qual os candidatos apresentam suas propostas
em envelopes fechados.
Esse novo sistema está sendo colocado à prova pela primeira vez.
Em fevereiro, o ministério lançou
os primeiros editais para concessões de rádio e TV. Os candidatos
entregaram as propostas em abril e
só em meados de dezembro saiu a
lista dos aprovados na fase de qualificação dos documentos.
A maioria dos inabilitados se
prepara para entrar com recursos
e ações judiciais para anular o resultado da comissão de licitação.
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