São Paulo, sexta, 2 de janeiro de 1998.




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GASTRONOMIA
Sonho tropical exige mesas ao ar livre

JOSIMAR MELO
especial para a Folha

Nesta época do ano os restaurantes e bares avarandados, com mesas em terraços ou calçadas, têm movimento redobrado. O calor estimula refeições ao ar livre, na brisa fresca que afaga pratos leves...
O que nem sempre, porém, corresponde à realidade: quando a temperatura externa está insuportável, e a tal brisa é de fato um bafo morno e incômodo, pode valer mais um potente ar-condicionado.
Mas, nesse caso, o que fazer com o sonho tropical do repasto mais perto da natureza -ainda que seja em Jardins sem jardim, ou sobre relvas plantadas por paisagistas da moda? Simples: buscar os horários mais frescos do dia (ou seja, a noite), torcer para a temperatura estar amena, aproveitar a descontração do espírito ensejada pelo verão e arregaçar as mangas.
Leve em conta que o espírito faz a ocasião. Lembro-me de um almoço no verão de 1982 no Pavillon Montsouris, no parque de mesmo nome em Paris, onde uma mesa hoje heterogênea (a chef de cozinha Mari Hirata, o dirigente do PT Markus Sokol, o músico Thomas Pappan e o jornalista Ricardo Melo) driblava o calor deliciando-se mais com a vista do lago e do gramado do que com a refeição -que hoje parece ter sido memorável.
O ambiente ajudou até mesmo a melhorar a lembrança do paladar. Por que não tentar aqui no Brasil também?



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