São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

crítica

"Olga" mira no grande público das telenovelas

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não temos, não podemos ter, uma produção cheia de efeitos como os blockbusters americanos. Mas temos nossa história política e a crença de que seria função do cinema divulgá-la.
Nisso se encaixa "Olga" (Canal Brasil, 12h30), de Jayme Monjardim, um dos grandes sucessos brasileiros recentes. Nosso blockbuster passa, portanto, por fatos mais ou menos aceitos universalmente, indiscutíveis (entregar Olga Benário para os nazistas foi um crime inominável praticado pelo governo Vargas).
Em seguida, por buscar caminhos de reconhecimento fácil para o espectador acostumado às novelas: a trajetória de Olga Benário ora parece um velho filme de guerra americano revisto por "Casseta e Planeta", ora uma história de amor, ora um melodrama.
Em todos os momentos, aquilo que a justifica teoricamente (filme brasileiro parece que sempre tem de se justificar) é o que se apaga: a história e a política. O sucesso tem seu preço.


Texto Anterior: Série: Programa ensina americano a poupar
Próximo Texto: Música - Crítica/"Not Too Late": Norah Jones alfineta Bush, mas sem perder a ternura
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.