São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2009

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Crítica

"1941" é uma das obras mais graves de Spielberg

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Existe uma euforia em "1941 - Uma Guerra Muito Louca" (TCM, 22h, não indicado para menores de 12 anos) que por vezes se deixa confundir com histeria. A Guerra do Vietnã havia terminado, a Guerra Fria havia esfriado. Tocar no assunto (recuando à Segunda Guerra) em tom de comédia era ainda uma oportunidade de reatar os laços com o Japão, de incluir Toshiro Mifune no elenco etc.
Daí esse tom de pouco compromisso que, talvez, tenha ajudado esta comédia de Steven Spielberg a fracassar na bilheteria. Dele, que havia feito logo antes "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", esperava-se talvez coisa mais grave.
No entanto, esse me parece um dos filmes mais graves deste diretor-produtor, pois aqui os japoneses não atacam Pearl Harbor nem nada.
Existe um alvo mais sutil a bombardear: Hollywood, o lugar de onde saem os sonhos da América, que depois viram sonhos do mundo.
Ou seja, o lugar da produção simbólica por excelência.


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