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Brant e de Saderman dialogam
do enviado a Park City
O cinema latino-americano superou as expectativas mesmo sem
a presença de grandes nomes entre
os concorrentes. Uma nova geração provou talento e firmeza. A seleção no mínimo se equiparou a
das novas ficções dos EUA.
"Santitos", de Alejandro Springall, venceu com todos os méritos.
Exibe o amadurecimento industrial do cinema mexicano. É um
delicioso road movie burlesco sobre uma mãe ultra-religiosa que
não acredita na súbita morte da filha e sai em busca dela.
O prêmio especial do júri ficou
com o grande vencedor do último
festival de Havana, "La Vida Es Silbar" (Viver É Assobiar), de Fernando Perez. Três histórias se intercalam iluminando os dilemas
de Cuba neste final de século.
Uma curiosa semelhança aproximou o concorrente brasileiro,
"Ação entre Amigos" de Beto
Brant, e o venezuelano, "Cien
Anos de Perdón", de Alejandro Saderman. Ambos partem de um
pacto entre amigos contra a violência -política, no caso de Brant,
econômica, no de Saderman. O
primeiro opta pelo registro trágico; o segundo prefere o do thriller
cômico. Em "Ação", quatro ex-guerrilheiros buscam vingança
contra o homem que os torturou.
"Cien Anos" reúne quatro amigos
de instável vida financeira num
golpe contra um banco falido pela
corrupção. Apesar de não desenvolverem plenamente o potencial
das boas sinopses, ambos confirmam Brant e Saderman como revelações a seguir.
(AL)
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