São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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Crítica

"Capote" ainda é uma história em andamento

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Capote" (Telecine Premium, 22h) é, antes de tudo, um ator. Nisso estamos todos de acordo: o trabalho de Philip Seymour Hoffman é espetacular. Daí por diante, as opiniões variam muito.
Há quem acredite que o filme é muito inferior ao feito por Richard Brooks sobre o romance "A Sangue Frio", de cuja gênese trata "Capote".
Há quem pense que a performance de Seymour Hoffman ofusca até o personagem, Truman Capote.
O certo é que estamos diante de um filme em que vários registros se acotovelam: há o escritor e o jornalista, a estrela e o funcionário, o pesquisador frio e o temperamento apaixonado, o gênio corrosivo e o homossexual assumido.
Essa multiplicidade de aspectos na personalidade de um só homem, mais esse quê de tristeza que Hoffman explora nele fazem o encanto do filme ao mesmo tempo em que tendem a nos deixar insatisfeitos com ele.
"Capote" ainda é uma história em andamento.


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