São Paulo, sexta-feira, 02 de junho de 2006

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CDS

MPB
Delírio Carioca
    
GUINGA
Gravadora:
Velas; Quanto: R$ 22, em média Originalmente lançado em 93, o disco, segundo da carreira de Guinga, e que estava fora de catálogo, sendo relançado agora, junto com os outros CDs do autor, é uma inacreditável sucessão de obras-primas, como "Saci" (destacando a percussão de Marcos Suzano), "Passarinhadeira" (exemplo de finesse melódica), "Choro pro Zé" (em que se entrelaçam os saxofones de Zé Nogueira e Paulo Sérgio Santos), "Baião de Lacan" e "Catavento e Girassol" (com participação do Quinteto Villa-Lobos, e em andamento mais acelerado e convincente do que a posterior gravação de Leila Pinheiro).
POR QUE OUVIR: Um dos mais notáveis CDs do melhor cancionista da MPB hoje, evidencia a estonteante imaginação harmônica e o melodismo de um autor que consegue fugir do óbvio sem deixar de ser espontâneo. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

MPB
Mosaico
   
TOQUINHO
Gravadora:
Circuito Musical; Quanto: R$ 22, em média As 12 músicas agora gravadas foram compostas para uma peça de Millôr Fernandes que teve apenas duas apresentações, em 2000, por ocasião dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. As parcerias de Toquinho e Paulo César Pinheiro (colaborador costumeiro de expoentes da MPB, como Baden Powell e Francis Hime, entre outros) fazem um painel nada oficialista da história nacional, falando, sem perder o humor e a esperança, das origens das nossas mazelas e do tanto que já se destruiu por aqui. Nem todas as canções são bem resolvidas, mas há destaques como "Fado", "Descobrimento" e a faixa-título.
POR QUE OUVIR: O CD concilia diversidade de gêneros musicais com unidade temática, permitindo um passeio agradável por vários fatos históricos. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Rock
Young for Eternity
 
THE SUBWAYS
Gravadora:
Warner; Quanto: R$ 35, em média Dividindo seu álbum de estréia entre um som grunge/punk (o lado "nervoso") e baladas com violão (o lado meloso), o trio Subways empilha clichê em cima de clichê sem deixar espaço para um único traço de personalidade. Mas eles têm o visual superdescolado, tocam direitinho e tiveram um produtor que deixou o som redondo para as rádios rock (dos EUA). A receita deu sucesso, e hoje as teens se descabelam pelo cantor Billy Lunn. O mundo é mesmo assim.
POR QUE NÃO OUVIR: Até na grudenta e chamativa "Rock & Roll Queen", irritam o primarismo e o tom genérico nas músicas e nas letras, que, por sinal, poderiam ter sido feitas a partir daqueles geradores automáticos da internet ("Você é tão "cool'/Você é tão rock'n'roll /Seja a minha pequena rainha do rock'n'roll"). Bom, vai saber... (SHIN OLIVA SUZUKI)

Eletrônica
Fala Aí!

 
FATBOY SLIM
Gravadora:
ST2; Quanto: R$ 30, em média Deve ter sido mais ou menos assim. Alguém: "Hey, Fat, você acabou de tocar no Carnaval da Bahia. Vamos aproveitar e lançar um CD temático para vender no Brasil". Fatboy Slim: "Yeah, boa idéia. Eu coloco um monte de batucada, umas guitarras latinas, salsa, mambo e mixo tudo junto". Alguém: "Legal, man. Mas cuidado para não exagerar, porque salsa e mambo não são ritmos brasileiros". Fatboy: "Brasil, México, Cuba... É tudo sol e fiesta. Arriiiiiba". Alguém: "Precisamos de um título para o disco. Tem alguma sugestão?". Fatboy: "Sei lá. Fala aí".
POR QUE NÃO OUVIR: Fatboy Slim é boa gente, simpático e tal, mas essa lambança mezzo house mezzo samba é tão estereotipada e sem propósito quanto a "rave" que vemos em "Matrix Reloaded", com um monte de gente semipelada pulando e se esfregando. (THIAGO NEY)


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