COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde que o maestro Roberto Minczuk assumiu a direção artística do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o evento tem tido eixos temáticos que direcionam a programação. Desta vez, o tema é a mulher, destacando estrelas como Kiri Te Kanawa (soprano), Cristina Ortiz (piano) e Sharon Isbin (violão).
Mulheres cantoras e instrumentistas são fato corriqueiro na música clássica. A novidade é o destaque dado às compositoras, cujas obras raramente são programadas por teatros e orquestras. O festival terá peças de 16 mulheres, sendo 22 estréias brasileiras e uma primeira audição mundial -a "Sun d'Oro Suíte", que a paulista Sílvia de Lucca escreve para o evento. O número é alto não só para o país mas também em termos internacionais.
Tomemos como exemplo o londrino BBC Proms, autoproclamado "o maior festival de música clássica do mundo", com mais de 70 concertos em dois meses. Criado em 1895, só chegou a ter cinco compositoras programadas para uma edição.
Campos do Jordão oferecerá uma rara chance de ouvir ao vivo criações de nomes como Clara Schumann (1819-1896), Fanny Mendelssohn (1805-1847), Nadia Boulanger (1887-1979), Galina Ustvolskaia (1919-2006) e Sofia Gubaidulina, 75, além de brasileiras como Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Esther Scliar (1926-1978) e Jocy de Oliveira.


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