São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Negócio de riso

Novos modelos profissionalizam humoristas da rede, que aproveitam a Copa do Mundo para faturar

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

Foi-se o tempo em que para ganhar dinheiro na internet você deveria ter uma ideia fantástica, criar um site inédito e esperar ofertas milionárias. Os humoristas que fazem vídeos e colocam na rede de graça mostram que há diversos modelos de negócio viáveis.
Três vídeos que fizeram sucesso recentemente, e que usam a Copa do Mundo e o futebol como tema exemplificam as possibilidades atuais. "Dunga em um Dia de Fúria" é o caso clássico, mais romântico: o roteirista Pablo Peixoto, 32, dublou o filme com Michael Douglas como se fosse o técnico da seleção brasileira.
Peixoto não ganhou nada pela brincadeira, mas considera o YouTube, onde o vídeo foi postado, uma vitrine. "Aguardo pessoas interessadas em desenvolver algo de trabalho. Já apareceram algumas, mas nada fechado."

DINHEIRO
Por outro lado, o trio Galo Frito, responsável pelo "Vai se Ferrar, Argentina", uma paródia com a grande rival futebolística do Brasil, ganha dinheiro no YouTube. O modelo é o seguinte: se assistir ao vídeo deles, você não paga e eles não ganham nada. Mas se você clicar na propaganda que aparece na página, o site direciona dinheiro a eles. "Temos 85 vídeos na rede", contabiliza Mederijohn Corumbá, 23.
Já o empresário Fernando Motolese, 27, pensa além: "A rede é um terreno inexplorado. Há diversas forma de ganhar dinheiro. Uma delas é oferecer vídeos virais para empresas e receber pelo retorno alcançado."
Pois se ele tiver sempre o retorno que conseguiu por seu vídeo "Save Galvao Birds", acessado por 1,1 milhão de internautas, Motolese será o mais novo milionário da rede.


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