São Paulo, quinta, 2 de julho de 1998

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CONTOS MÍNIMOS
A velha senhora

HELOISA SEIXAS

Dobrando a esquina, deu na praça. E, na praça, viu-se diante da igreja. Seu coração mudou de ritmo. Lá estava, majestosa, a velha senhora. Era esse o termo que usava para se referir às árvores centenárias e às igrejas antigas. Velhas senhoras. Uma beleza, aquela. Com as paredes imponentes, os tijolos de terracota sulcados de história, exibia sua silhueta larga, derramando-se sobre o átrio. Aproximou-se, reverente, o coração descontrolado. E de repente entendeu o que seu coração já sabia: um dia, talvez, há muito tempo, pisara aquele chão de pedra. Em outra vida.



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