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CONTOS MÍNIMOS
A velha
senhora
HELOISA SEIXAS
Dobrando a esquina, deu
na praça. E, na praça, viu-se
diante da igreja. Seu coração mudou de ritmo. Lá estava, majestosa, a velha senhora. Era esse o termo que
usava para se referir às árvores centenárias e às igrejas antigas. Velhas senhoras. Uma beleza, aquela.
Com as paredes imponentes, os tijolos de terracota
sulcados de história, exibia
sua silhueta larga, derramando-se sobre o átrio.
Aproximou-se, reverente, o
coração descontrolado. E
de repente entendeu o que
seu coração já sabia: um
dia, talvez, há muito tempo, pisara aquele chão de
pedra. Em outra vida.
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