DANIEL CASTRO
da Reportagem Local

Nas pesquisas de audiência das rádios FM de São Paulo, feitas pelo Ibope, as emissoras piratas aparecem sob a sigla genérica de "outras".
Mas os números não são nada desprezíveis. No pico de audiência, na faixa das 11h ao meio-dia, elas somam 205.411 ouvintes por minuto, segundo o levantamento de maio.
Embora seja o público de todo o conjunto de rádios piratas -pelo menos 200 estão no ar na Grande São Paulo-, é uma audiência só superada, individualmente, no mesmo horário, pelas quatro primeiras colocadas -Cidade, Transcontinental, Gazeta e Nativa.
A líder Cidade, na média geral diária, tem 213,7 mil ouvintes/minuto e a vice-líder, a Transcontinental, 186,1 mil.
Os números não são desprezíveis porque quase todas as rádios clandestinas são emissoras de pequeno alcance, às vezes limitadas a alguns bairros -e 32% delas, segundo o Fórum Democracia na Comunicação, são evangélicas.
Apenas sete das clandestinas atingem várias regiões da cidade. E, entre elas, só duas tem programação de apelo ao grande público -a Planeta 90 (90.1 no dial), que toca sertanejo, e a Nova Visão (98.9), que executa sucessos (pagode e pop).
A audiência das piratas equivale a 1,49% da população da Grande São Paulo. Em algumas cidades do interior, segundo o fórum, atinge 70%.


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