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Crítica
"Gangues de NY" é mais leve que livro homônimo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Além de um filme, "Gangues de Nova York" (People & Arts,
22h e 1h) é um consolo. Pensar
que Nova York era daquele jeito há 150 anos sempre ajuda a
nos encher de esperança sobre
o futuro de nossas grandes cidades nos próximos 150 anos.
E o filme é água-com-açúcar
comparado com o livro, em que
atos de barbárie muito piores
que os mostrados por Martin
Scorsese se sucedem numa velocidade vertiginosa. Talvez
por isso mesmo seja o caso de
optar por "Operação França"
(TC Cult, 22h), com suas magníficas perseguições e um Gene
Hackman exemplar (embora o
filme de Friedkin, de 1971, possa ser visto como demonstração do fracasso das políticas
clássicas de repressão ao tráfico de drogas).
Por fim, há "Garde à Vue"
(TV5, 20h30), de Claude Miller. É a homenagem do canal
francês ao grande ator Michel
Serrault, cuja morte, no início
da semana, passou quase despercebida -compreende-se.
Pena que o TV5 não tenha legendas quando transmite na
NET digital.
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