DA REPORTAGEM LOCAL

A próxima segunda-feira marca o primeiro aniversário da morte daquele que Ed Motta chamou de "um dos "jedis" [os guerreiros "sangue bom" de "Guerra nas Estrelas'] da música brasileira", ao lado de Tom Jobim e Villa-Lobos: o compositor e maestro pernambucano Moacir Santos.
Para brindar à saudade, o Canal Brasil reapresenta hoje "Ouro Negro", especial gravado em 2005, em São Paulo, com repertório que reproduz o do CD homônimo, lançado quatro anos antes por Mário Adnet e Zé Nogueira.
As "Coisas" instrumentais que celebrizaram Santos em 1965 e impulsionaram sua carreira internacional comparecem em peso (oito são tocadas).
E, diante de composições como "Oduduá" (um aceno à cultura afro-brasileira, aqui na voz de João Bosco), ninguém poderá dizer que o maestro radicado na Califórnia desde 1967 abdicou de suas raízes brasileiras.
Há ainda tempo para "Jequié", "Lamento Astral", "Amphibius", "Mãe Iracema" e a sideral "Bluishmen", que Santos compôs após ouvir o relato de um teosófico sobre um cara a cara com certos homens azuis.
E, lá pelas tantas, Ed Motta reverencia seu "jedi" em "Orfeu", antes que o próprio apareça para fazer "Bodas de Prata Dourada" -e atestar o gênio musical da turma do lado luminoso da Força.