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Mostra dos 30 anos de "Star Wars" vem a SP
Intérprete do robô C-3PO veio ao país anunciar exposição na Bienal, em 2008
Em entrevista à Folha, Anthony Daniels diz que mostra brasileira será "mais completa", com mais de 200 peças originais dos filmes
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL
No ano em que a série "Guerra nas Estrelas" completou 30
anos, nada de Luke ou Darth
Vader -apenas C-3PO fez uma
breve visita ao Brasil. O medroso robô dourado -na verdade,
o ator inglês Anthony Daniels,
61- veio trazendo boas notícias para os fãs da obra de George Lucas: o Brasil será o primeiro país da América Latina a sediar a gigantesca exposição sobre a saga mais famosa da história do cinema.
"Star Wars Brasil", versão
nacional da exposição que já
atraiu mais de 6 milhões de espectadores no resto do mundo,
será aberta em 1º de março de
2008, em São Paulo.
Com curadoria de Laela
French, gerente de coleção da
LucasFilm, a mostra reunirá
mais de 200 peças originais dos
seis filmes da série -dentre
elas, cerca de 30 figurinos- no
Porão das Artes da Bienal, no
parque Ibirapuera.
"Com a exposição é possível
se dar conta de quão vasto é o
universo artístico de "Guerra
nas Estrelas'", diz Daniels, o C-3PO à paisana, em entrevista à
Folha, num hotel na cidade.
"A exibição no Brasil vai ser
maior, porque há mais objetos
disponíveis agora, de cada um
dos seis filmes. E eles vão fazer
aqui algo incomum, um ambiente que fará com que os visitantes se sintam dentro da série, não em um museu."
Naves e maquetes
Entre as diversas atrações da
mostra haverá naves espaciais
e veículos em tamanho natural,
maquetes, miniaturas, figurinos, bonecos e robôs, fotos,
ilustrações e vídeos com entrevistas com os atores.
Os visitantes também serão
acompanhados pelos sentinelas Storm Troopers (os de armaduras brancas) e poderão
ainda participar da Escola Jedi,
que promete ser um dos maiores sucessos, com suas aulas de
manuseio do sabre de luz -espera-se que o público esteja no
lado bom da Força.
"Todo o material é original,
não há nenhuma cópia. Meu
traje, que é um dos destaques, é
um dos seis que eu vesti na série. Uma das coisas que mais faz
sucesso é a espaçonave que
aparece na primeira cena do
primeiro filme, pode-se ver todos os inúmeros detalhes dela."
Vida de robô
Falar sobre seu traje -infelizmente, sem vesti-lo- foi
uma das coisas que Daniels
mais fez durante seus quatro
dias de visita a São Paulo, no
fim do mês passado.
O intérprete do C-3PO (o robô alto e falante; o baixinho é
R2-D2) participou de duas noites de autógrafos em livrarias e
de uma exibição em cinema do
primeiro filme da série (veja
texto ao lado).
Célebre por quase ter recusado o papel que o consagraria
(seu agente o coagiu a fazer a
entrevista com Lucas), o ator
andava com um boneco de
brinquedo do robô que interpretou, para as fotos com fãs.
Sobre o traje que usou em
quatro dos seis filmes -nos
dois primeiros, C-3PO tem outro formato-, afirma que ele
não ficou mais moderno e confortável nos quase 30 anos que
separam a primeira e a última
vez que o envergou. "Eu me
acostumei a ele, mas era frustrante. Era quente, desconfortável e não me deixava sentar."
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