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Crítica
"O Dia do Chacal" original segura a platéia até o fim
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É animadora a possibilidade de rever "O Dia do Chacal" (TCM, 21h35) depois de uma recente refilmagem. Aqui estamos diante da filmagem original feita por Fred Zinnemann a partir do best-seller de Frederick Forsyth e lançada em 1973.
Trata-se de um momento interessante da política internacional. O presidente francês Charles de Gaulle havia dado fim à guerra na Argélia, em vista de que não faltava quem quisesse dar um fim nele (os inconformados com a saída das tropas colonialistas).
O fato de o filme não se deter profundamente no problema não o diminui. Trata-se de um suspense. E bom a ponto de, embora todo mundo soubesse o final, ninguém na platéia respirar antes do desfecho. O que conseguiria o assassino (Edward Fox)?
Nesta altura -a do filme- sabíamos que De Gaulle havia morrido em seu retiro, após deixar a presidência do seu país. O que prova, por sinal, que revelar o final de um filme não tem a menor importância, na maioria dos casos.
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