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Argentina é o país homenageado na feira, que começa na quarta
DE SÃO PAULO
A Feira de Livros de Frankfurt (Alemanha), que começa
na próxima quarta e segue
até o dia 10, é o maior balcão
de negócios de livros -impressos e digitais- e direitos
autorais do planeta.
Mas é também fórum privilegiado para seminários e debates sobre temas tão variados quanto educação infantil, tradução e e-books.
Com mais de 7 mil expositores de cem países, tem como país tema este ano a Argentina -que antecede o
Brasil, convidado de 2013.
Os critérios de escolha, porém, atendem não tanto à
geopolítica, mas, sobretudo,
lembra a crítica Beatriz Sarlo,
"a uma estratégia multicultural". Pois, afirma ela, "é isso o que funciona no mercado hoje -ou, pelo menos, é
isso o que interessa aos editores para exportar e importar
livros e traduções".
Essa é a razão por que já foram convidadas tanto a China quanto uma pequena comunidade cultural e linguística como a Catalunha.
No entanto, mais que realizar negócios, o mérito da Feira de Frankfurt é reunir celebridades literárias. Estarão lá
o alemão Günter Grass -Prêmio Nobel de 1999-, o americano Bret Easton Ellis e o
best-seller inglês Ken Follett.
Seu "Queda de Gigantes"
(ed. Sextante, R$ 59,90, 912
págs.) teve lançamento mundial na semana passada com
tiragem inicial de 1 milhão de
exemplares.
O mais aguardado, porém,
é Jonathan Franzen, que conseguiu tanto emplacar a capa
da "Time", a revista semanal
de informação mais influente dos EUA, quanto agradar
publicações altamente intelectualizadas do naipe de
"New York Review of Books"
e "London Review of Books".
Seu recente "Freedom" (liberdade), que sai no ano que
vem no Brasil pela Cia. das
Letras, vem se juntar ao já celebrado "Correções" -lançado em 2001 pela mesma editora (R$ 72, 584 págs.)- e joga mais pressão sobre a Academia Sueca. A instituição
tem por hábito anunciar o
Nobel de Literatura durante
os dias de feira.
O único ponto contra Franzen é o de ser americano
-que vêm sendo pouco agraciados com o Nobel da área.
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