São Paulo, sexta, 2 de outubro de 1998

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"Sou privilegiado", diz designer

da Redação

Se fosse fotografar para seu próprio projeto, Giovanni Bianco, 33, registraria as pessoas que ficam na porta e não conseguem entrar nos desfiles. "Passei por isso e sei a dor. É uma grande frustração: a moda é sonho e tudo o que você quer é assistir. Hoje sou um privilegiado".
De fato. Há dez anos o estudante de artes gráficas viajou para Milão. Há cinco abriu um estúdio com Susanna Cucco e começou a chamar a atenção com o material para a marca de bolsas Mandarina Duck. As coisas começaram a acelerar com o trabalho para a marca Dolce & Gabbana, que deu à dupla visibilidade no mercado da moda.
O Brasil então chamou, via Forum, com quem colabora há dois anos e meio. Lá desenvolveu trabalho que permitiu a ele aprender a usar o mecanismo da moda.
Premiadíssimo em todas as versões do Art Director's (Londres, Paris, Milão e Nova York), sobretudo com o catálogo de 50 anos da H. Stern, Bianco ganhou oito páginas na "Communication Art", a bíblia americana do design gráfico.
Atualmente, tem como clientes as marcas D-Squared; Clements Ribeiro; M. de Missoni; Ferragamo e Atkinson. Em vez de definir sua linha de trabalho, garante que se sente cada vez mais sem estilo: "Sou um liquidificador".
Tanto que em 99 o projeto "Pipoca" vira revista trimestral de entrevistas e ainda uma loja de papel (agendas, cadernos, blocos), tudo relacionado ao mundo da moda e da fotografia. Com direito até a coleção de verão e de inverno. (EP)



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