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ARTES PLÁSTICAS
"De Ponta-cabeça" reúne, em dezembro, 44 criadores do continente americano, entre eles Artur Barrio
Belga define artistas da Bienal no Ceará
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após perscrutar dez países em
busca de artistas para a Bienal
Ceará América, primeira edição
do evento, o curador belga Phillippe van Cauteren já definiu a
lista de participantes. Com 44 artistas, a mostra, cujo tema é "De
Ponta-cabeça", apresenta 12 brasileiros. "A seleção foi feita a partir
de obras e artistas que se encaixam no tema. Encontrei muita
gente excelente, mas fora da proposta da Bienal", afirma Cauteren. O tema "De Ponta-cabeça"
foi desenvolvido, segundo o belga, a partir da obra "Mapa Invertido", do artista uruguaio Joaquim
Torres-Garcia.
O time nacional é composto por
Adriana Gallinari, Waléria Américo, Felipe Barbosa, Rosana Ricalde, Transição Listrada/B.A.S.E,
Rogério Canella, Paulo Climachauska, Maurício Coutinho,
Gaio, Odires Mlaszho, Juliano de
Moraes e Artur Barrio. Este último, que participou da 11ª Documenta de Kassel (Alemanha), encerrada em setembro, é considerado uma "referência" no evento,
junto com outro convidado, o alemão Hans Haacke. "Todos os
participantes da Bienal têm uma
relação com esses artistas históricos", diz Cauteren.
Dos brasileiros escolhidos, dois
deles, Climachauska e Gaio, foram também selecionados para a
9ª edição do Salão da Bahia, no
MAM de Salvador, que é inaugurado no dia 13 de dezembro, data
da abertura da Bienal no Ceará.
Desde a semana passada, o belga mudou-se para Fortaleza, cidade que sedia o evento. Anteontem, ele conquistou mais um espaço para a Bienal. Além do Museu de Arte Contemporânea do
Centro Dragão do Mar e de um
galpão da rede ferroviária, Cauteren conseguiu também a sede de
uma antiga empresa de transporte marítimo. "Trata-se de um prédio abandonado há dez anos. Vamos manter o espaço como se encontra e convidar dez artistas para
criarem obras no local", afirma o
curador, que trabalha em conjunto com o curador belga Jan Hoet.
Além dos brasileiros, a Bienal
Ceará América irá reunir artistas
mexicanos, norte-americanos, argentinos, paraguaios, uruguaios,
colombianos, chilenos, cubanos e
venezuelanos. Um dos destaques
é o irlandês baseado nos EUA
Brian Tolle, que abriu, neste ano,
o "Irish Hunger Memorial", em
Nova York.
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