São Paulo, sábado, 02 de novembro de 2002

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ARTES PLÁSTICAS

"De Ponta-cabeça" reúne, em dezembro, 44 criadores do continente americano, entre eles Artur Barrio

Belga define artistas da Bienal no Ceará

FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Após perscrutar dez países em busca de artistas para a Bienal Ceará América, primeira edição do evento, o curador belga Phillippe van Cauteren já definiu a lista de participantes. Com 44 artistas, a mostra, cujo tema é "De Ponta-cabeça", apresenta 12 brasileiros. "A seleção foi feita a partir de obras e artistas que se encaixam no tema. Encontrei muita gente excelente, mas fora da proposta da Bienal", afirma Cauteren. O tema "De Ponta-cabeça" foi desenvolvido, segundo o belga, a partir da obra "Mapa Invertido", do artista uruguaio Joaquim Torres-Garcia.
O time nacional é composto por Adriana Gallinari, Waléria Américo, Felipe Barbosa, Rosana Ricalde, Transição Listrada/B.A.S.E, Rogério Canella, Paulo Climachauska, Maurício Coutinho, Gaio, Odires Mlaszho, Juliano de Moraes e Artur Barrio. Este último, que participou da 11ª Documenta de Kassel (Alemanha), encerrada em setembro, é considerado uma "referência" no evento, junto com outro convidado, o alemão Hans Haacke. "Todos os participantes da Bienal têm uma relação com esses artistas históricos", diz Cauteren.
Dos brasileiros escolhidos, dois deles, Climachauska e Gaio, foram também selecionados para a 9ª edição do Salão da Bahia, no MAM de Salvador, que é inaugurado no dia 13 de dezembro, data da abertura da Bienal no Ceará.
Desde a semana passada, o belga mudou-se para Fortaleza, cidade que sedia o evento. Anteontem, ele conquistou mais um espaço para a Bienal. Além do Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar e de um galpão da rede ferroviária, Cauteren conseguiu também a sede de uma antiga empresa de transporte marítimo. "Trata-se de um prédio abandonado há dez anos. Vamos manter o espaço como se encontra e convidar dez artistas para criarem obras no local", afirma o curador, que trabalha em conjunto com o curador belga Jan Hoet.
Além dos brasileiros, a Bienal Ceará América irá reunir artistas mexicanos, norte-americanos, argentinos, paraguaios, uruguaios, colombianos, chilenos, cubanos e venezuelanos. Um dos destaques é o irlandês baseado nos EUA Brian Tolle, que abriu, neste ano, o "Irish Hunger Memorial", em Nova York.


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