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ERUDITO
"Fidélio" será executada nos dias 10,12 e 14; neste mês, a pianista Cristina Ortiz toca Gershwin
Osesp apresenta única ópera de Beethoven
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Osesp (Orquestra Sinfônica
do Estado) traz em novembro um
de seus grandes programas deste
ano. Apresentará, em versão de
concerto, "Fidélio" (1805), a única
ópera escrita por Ludwig van Beethoven (1770-1827).
Será apresentada em três récitas, nos dias 10 e 14, com o início
marcado para as 20h, em lugar de
21h, e no dia 12, sábado, às 16h30.
É um espetáculo com duas horas,
sob a regência de John Neschling.
As duas últimas encenações
brasileiras de "Fidélio" ocorreram
no Rio, em 1996, e no Teatro Municipal de São Paulo, em dezembro do ano seguinte. É bem mais
que uma ópera. É também um
canto à liberdade, um manifesto
delicado contra a opressão.
Além do "fator Osesp", que assegura uma espécie de excelência
sinfônica, a produção traz um invejável e experimentado elenco.
Florestan será interpretado pelo
tenor australiano Stuart Skelton.
Ele já cantou o papel na Ópera Estatal de Viena e também, em 2004,
no Carlo Felice, de Gênova, sob a
direção de Lorin Maazel.
A soprano americana que fará
Leonora, Amanda Mace, interpretou há três anos o mesmo papel no Festival Beethoven, de
Bonn, com a ópera de Stuttgart,
regida por Helmuth Rilling. O barítono Oleg Bryjak, nascido no
Cazaquistão, fará Don Pizarro,
papel que já interpretou na Ópera
Estatal de Berlim.
O elenco trará também Stephen
Bronk, baixo americano radicado
em Belo Horizonte -ele fez há
um mês o papel título de "Don
Giovanni", em Campinas- a soprano Flávia Fernandes, o baixo-barítono Lício Bruno e o tenor
Luciano Botelho. O narrador será
o ator Antônio Abujamra.
Amanhã, sexta e sábado o regente da Osesp será o americano
Steven Sloane, ex-titular da Ópera
de Frankfurt, que terá como solista a violista alemã Tabea Zimmermann.
No programa, o "Concerto para
Viola", de Alfred Schnittke, e, sobretudo, a "Sinfonia nš 7" , de
Dmitri Chostakovich.
A Osesp tem se tornado uma excelente intérprete das peças sinfônicas desse compositor russo. Em
outubro fez a "Quarta", numa antológica regência de Neschling.
Chostakovich tem uma escrita
complexa, com o genial encavalamento de conteúdos musicais. É
uma música densa, uma explosão
de recados estéticos.
Nos dias 17, 18 e 19 a solista será
a pianista brasileira Cristina Ortiz.
Ela interpreta, de George Gershwin, "Um Americano em Paris",
em concerto no qual a orquestra
também fará, de Villa Lobos, os
"Choros nš 11". A Osesp estará
gravando em 2006 a integral dos
choros para orquestra do compositor brasileiro.
Nos dias 25 e 26, com a regência
de Juanjo Mena e com o violinista
Andrés Cárdenes, como solista, a
orquestra fará o "Concerto em Ré
Maior", de Beethoven, e, de Maurice Ravel, "Daphnis et Chloé",
suites sinfônicas nš 1 e 2.
Osesp
Quando: quinta e eventualmente sexta,
às 21h (exceto em "Fidélio", com récita a
partir das 20h) e sábado às 16h30
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes,
s/n, SP, tel. 0/xx/11/3337-5414
Quanto: de R$ 25 a R$ 79
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