São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2007

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Crítica

Hitchcock flerta com o humor em "Frenesi"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Existe quem esnobe "Frenesi" (TCM, 0h40), o que me parece uma injustiça quase escabrosa. A alegação habitual, de que Hitchcock teria estado perturbado na filmagem e, inclusive, ausente dela durante alguns dias por conta do sério estado de saúde de Alma, sua mulher, me parece bem insuficiente.
Com exceção de uma cena sem importância, todo Hitchcock está lá, de volta a Londres, de volta ao mercado (que, em seguida, seria destruído) onde seu pai trabalhava.
Lá agora espalha terror um assassino de mulheres com quem é confundido, como sempre, o herói do filme.
Embora o suspense domine a ação, o tom será dado pelo humor. E o principal virá da mulher do inspetor, que, seja por sua culinária horrível, seja por suas deduções brilhantemente lógicas em matéria de crime, paira sobre os acontecimentos.
No mais, os ares de Londres, onde não filmava desde antes da guerra, parecem animar esse Hitchcock descontraído, porém cheio de inspiração.


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