São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011

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Gang Gang Dance mostra pop forjado em circuito de arte

EDITORA-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Não é por acaso que eles têm este nome. A performance do Gang Gang Dance é uma festa conduzida por Lizzi Bougatsos, que canta, toca percussão e costuma "surfar" sobre a plateia.
Sua voz é semelhante à de Elizabeth Fraser, do Cocteau Twins, e conduz de momentos dançantes a outros de puro transe, um dos trunfos dos nova-iorquinos, que agora figuram em festivais.
"Nos primeiros quatro anos, tocamos somente em galerias e eventos de arte ou de moda", contou à Folha o multi-instrumentista Brian DeGraw. "Não existiríamos se não fosse pela American Fine Arts, que abrigou nossos shows durante anos."
Por ser habitué deste circuito, e fazer um som calcado em experimentações, a gangue ficou conhecida como uma "audio art band". "Não pensávamos em fazer músicas com uma estrutura definida", diz DeGraw. "Queríamos ser espontâneos e criar um clima agradável." Daquela época até se estabelecerem na seara pop, abrindo espetáculos do Animal Collective e tocando em eventos internacionais, o GGD teve de superar tragédias, como a perda de Nathan Maddox, 25, atingido por um raio durante um temporal.
Isso assombrou os primeiros álbuns da trupe que, de "Saint Dymphna" (2008) para o novo, "Eye Contact", mudou seu estilo radicalmente. "A gravação de 'Saint Dymphna' foi terrível. 'Eye Contact' representa uma transformação drástica no nosso jeito de tocar e de fazer música."
Isso pôde ser visto, em parte, em São Paulo, no ano passado, quando o GGD participou do Creators Project na galeria Baró/Emma Thomas. "Da cidade, lembro de pessoas bonitas e de comprar discos do Milton Nascimento", diz. "Desta vez, eu e Liz pensamos em viajar à floresta para tomar ayahuasca."
(ADRIANA FERREIRA SILVA)


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