da Sucursal do Rio

Leny Andrade, Emílio Santiago e Alaíde Costa, que participaram do show em homenagem ao compositor Johnny Alf, 70, anteontem no Rio, disseram que demorou para acontecer o reconhecimento à obra do artista. Alf recebeu no Canecão, em Botafogo (zona sul), o Prêmio Shell de Música.
Alf, emocionado após o show, disse que nunca quis troféus, mas o reconhecimento do público.
Esta é a 19ª edição do Prêmio Shell, mas Johnny Alf é o 20º homenageado. Isso acontece porque, em 1997, Roberto e Erasmo Carlos receberam o prêmio juntos. Este ano, Alf recebeu R$ 15 mil e uma estatueta criada pelo artista plástico Caio Mourão.
Para Costa, o reconhecimento demorou como tudo na vida do compositor.
Andrade afirmou que "qualidade custa muito tempo para ser reconhecida e homenageada".
Por sua vez, Santiago acha que homenagear Alf é um reflexo do fim do século. "Pode significar que teremos dias melhores."
O show que Alf preparou para a noite do prêmio começou pouco depois das 22h e foi dividido em três blocos. No primeiro, "Eu e a Bossa", homenageou compositores como Dorival Caymmi, Tom Jobim e Dolores Duran.
No segundo bloco, "Eu e a Brisa", Alf trouxe composições suas e até uma parceria com Costa, "Meu Sonho".
O bloco final, "Outras Bossas, Outras Brisas", trouxe Emílio Santiago cantando a bela "Olhos Negros". Para encerrar, os três cantaram "Rapaz de Bem".


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